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Marco Loureiro quer «maior apoio financeiro e logístico»

Presidente da Associação Académica da Guarda acha «inadmissível» haver estudantes bolseiros que ainda não receberam qualquer verba

O presidente da Associação Académica da Guarda (AAG) voltou a criticar o «desinvestimento» do Estado no ensino superior. Na tomada de posse dos novos corpos sociais da Associação Académica da Guarda (AAG), Marco Loureiro considerou «inadmissível que, passados quase cinco meses, os bolseiros que chegaram à Guarda continuem sem ver um cêntimo nas suas carteiras».

«Afinal, que tipo de Acção Social tem este país? Que diz investir na Educação e depois não apoia os mais carenciados a tempo e horas?», denunciou, interrogando o primeiro-ministro sobre «quem vai pagar o desinvestimento» do Orçamento de Estado destinado ao IPG, que foi «encurtado em cerca de dois milhões de euros, cobrindo assim apenas cerca de 90 por cento das despesas permanentes». O ministro do Ensino Superior também escapou pelo seu «constante desprezo pelos que mais precisam», uma vez que foi Mariano Gago quem «mandou fazer cumprir a lei que regula a fórmula de cálculo da atribuição das bolsas de estudo», uma legislação «injusta e desajustada ao nosso poder económico», considerou. «Todos os dias são às centenas os estudantes que procuram trabalhos em “part-time”, sujeitando-se ao trabalho precário ou mesmo a abandonar temporariamente os estudos para conseguirem liquidar todas as despesas inerentes à sua formação académica», garantiu.

Classificando a situação de «vergonhosa», o dirigente estudantil reclamou um «maior apoio financeiro e logístico» para a associação académica. Acusando os seus antecessores de estarem «a matar financeiramente» a AAG, Marco Loureiro pediu ainda maior atenção para os trabalhadores-estudantes, bem como para o ensino nocturno, que «é importante» por trazer mais estudantes para o Politécnico. O presidente do IPG ouviu o repto do líder da associação e reconheceu que as questões do ensino nocturno, assim como a dos maiores de 23 anos, são «essenciais», havendo necessidade de «tratar de maneira diferente o que é diferente». De resto, Jorge Mendes garantiu que «nunca trabalhou com uma Associação Académica como esta», assegurando que, apesar de algumas divergências pontuais, foi possível chegar «a conclusões e consensos através de um diálogo construtivo».

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