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Marcelo com mais de 58 por cento dos votos na Guarda

Marcelo Rebelo de Sousa obteve no distrito da Guarda uma das suas melhores votações. Por cá, o novo Presidente da República conseguiu 58,53 por cento dos votos, mais 6,5 pontos percentuais que a sua votação total (ver quadros nas páginas seguintes).

Tal como no resto do país, o segundo candidato mais votado foi Sampaio da Nóvoa, com 21,62 por cento dos escrutínios, enquanto Marisa Matias conseguiu 8,78 por cento. Maria de Belém foi a quarta candidata mais votada, com 4,31 por cento dos votos, à frente de Vitorino Silva (Tino de Rans), que conseguiu 2,93 por cento. Surpreendentemente, Edgar Silva, apoiado pelo PCP e Os Verdes, foi o sexto mais votado no distrito, tendo apenas conseguido 1,40 por cento dos sufrágios dos eleitores, o que é muito pouco tendo em conta o histórico e a estrutura dos comunistas na região. Os resultados dos restantes candidatos foram os seguintes: Paulo Morais (1,23 por cento), Henrique Neto (0,67), Cândido Ferreira (0,28) e Jorge Sequeira (0,25). Na Guarda, a abstenção foi de 54,83 por cento e ficou acima da taxa registada no país (51,16 por cento), tendo votado 73.741 dos 163.257 eleitores inscritos.

Na sua passagem pela cidade – o professor foi um dos três candidatos presidenciais que esteva na Guarda –, Marcelo Rebelo de Sousa declarou a O INTERIOR que a região precisa de medidas de discriminação positiva para combater as desigualdades que a crise fez aumentar. «Não vai ser uma saída rápida, homogénea, de todos ao mesmo tempo, e há quem precise mais de uma compreensão, de um apoio, de um incentivo. São aqueles que estão mais desfavorecidos, e o interior é uma das realidades que precisa de discriminação positiva», disse, anunciando que, se fosse eleito, seria «imparcial do ponto de vista político, mas parcial do ponto de vista social favorecendo aqueles que vivem em situação de interioridade».

O catedrático de Direito também venceu no distrito de Castelo Branco, mas com apenas 50,14 por cento dos votos, enquanto Sampaio da Nóvoa registou um dos seus melhores resultados, com 26,01 por cento dos sufrágios dos eleitores. Já Marisa Matias obteve 10,62 por cento dos escrutínios e foi a terceira candidata mais votada em Castelo Branco, seguida de Maria de Belém (5,18 por cento) e Vitorino Silva (Tino de Rans), 2,65 por cento. Também em Castelo Branco o candidato apoiado pelo PCP e Os Verdes não ficou bem na fotografia. Edgar Silva obteve mesmo pior resultado que na Guarda e ficou-se pelos 2,28 por cento dos votos. Paulo Morais (1,73 por cento), Henrique Neto (0,84), Cândido Ferreira (0,30) e Jorge Sequeira (0,25) foram os restantes candidatos que concorreram a estas eleições presidenciais. A abstenção situou-se nos 49,94 por cento, tendo votado 90.385 dos 180.554 eleitores inscritos no círculo de Castelo Branco.

O Presidente da República eleito passou pela região e, em declarações a O INTERIOR, prometeu ser «parcial do ponto de vista social favorecendo aqueles que vivem em situação de interioridade»

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