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Marca “Vale do Côa” distingue singularidade da região

Associação Territórios do Côa quer valorizar produtos tradicionais e atrativos locais com insígnia que também pretende reforçar sentimento de pertença a esta micro-região

Restaurantes, unidades de agro-turismo e de turismo rural, mas também produtos artesanais e agrícolas, como o vinho, as tradições e o património já podem ser certificados com a marca “Vale do Côa”. Este selo de promoção regional foi apresentado na semana passada em Figueira de Castelo Rodrigo e a ele podem candidatar-se empresas, instituições e particulares de dez concelhos desta sub-região que vai de Mogadouro ao Sabugal, abarcando dez municípios.

A ideia subjacente é fortalecer um «sentimento de pertença e de afetividade» nos protagonistas desta zona repartida entre os distritos de Bragança e Guarda. E o objetivo é que todos contribuam para o seu desenvolvimento: «Diversidade de recursos já temos, precisamos é de promover e dinamizar a sua singularidade», disse Dulcineia Catarina Moura, coordenadora da Associação Territórios do Côa, entidade detentora desta nova marca que quer tirar partido da notoriedade dos Patrimónios Mundiais das gravuras rupestres (Museu do Côa e parque arqueológico) e do Douro Vinhateiro. Para obterem esta insígnia, os interessados terão de cumprir um caderno de encargos, que aposta numa oferta de qualidade de serviços e produtos. O projeto contempla ainda a promoção das gravuras rupestres, das Aldeias Históricas e de outro património histórico e natural da região, assim como ações de animação turística e a criação de rotas e percursos pedestres.

«Esperamos contribuir para que o Vale do Côa seja um macro recurso endógeno de qualidade, tanto na área do turismo, como dos seus produtos tradicionais», acrescentou. Orçada em 1,9 milhões de euros, comparticipados por fundos comunitários, a iniciativa inclui um plano global de promoção e dinamização para pôr esta micro-região no mapa. Na sessão da passada quarta-feira, Joaquim Felício, da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), alertou os presentes, empresários e autarcas, para o excesso de otimismo que normalmente envolve estas ações. «1,9 milhões não é nada comparado com os 60 milhões da AIBT do Vale do Côa, com os resultados que se conhecem», declarou, considerando que o fundamental é «apostar nas pessoas que vivem nesta região e só depois na atração dos turistas». A associação Territórios do Côa é responsável pelo PROVERE para a região, que, além dos municípios de Almeida, Figueira de Castelo Rodrigo, Freixo de Espada à Cinta, Mêda, Mogadouro, Pinhel, Sabugal, Torre de Moncorvo, Trancoso e Vila Nova de Foz Côa, agrega a Fundação Côa Parque, empresários locais e as associações de Desenvolvimento Sabugal, Transumância e Natureza, Douro & Águeda, dos Amigos do Parque e do Museu do Côa, entre outras, e a Fundação Côa Parque. A marca é composta por um auroque – boi pré-histórico – que domina uma paisagem de vales.

Luis Martins Atrair turistas é um dos objetivos da iniciativa

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