O Souropires voltou a não conseguir pontuar fora de casa nesta ponta final do Nacional da IIIª Divisão. No último domingo, frente ao Recreio de Águeda, a equipa do concelho de Pinhel foi derrotada por um expressivo três a zero, um resultado que, atendendo ao que se passou dentro das quatro linhas, nos parece demasiado penalizador para os visitantes.
Esta deslocação a Águeda era, sem dúvida, difícil para a formação treinada por Manuel Barbosa, já que tinha pela frente uma equipa mal posicionada na tabela e que precisa de amealhar todos os pontos em disputa até ao final para manter aspirações a um lugar na IIIª Divisão. O Souropires até entrou bem no jogo, mas foi o Águeda que podia ter marcado, já que, na mesma jogada, a bola beijou por duas vezes a trave da baliza de Valezim. Os visitantes iam controlando o adversário e ainda pôs em perigo a baliza de Cadete em lances de contra-ataque, só que foi o Águeda que acabou por marcar aos 32 , através de um remate de Pêro, que não deu hipóteses a Valezim. Pouco depois, o Souropires ainda chegou a marcar, mas o árbitro assistente – até ele com algumas dúvidas, pois hesitou a levantar a bandeira -, assinalou um fora-de-jogo que o árbitro confirmou. Já em tempo de compensação, o Águeda aumentou a vantagem na transformação de uma grande penalidade a punir falta de David Reis. O lance deixou-nos muitas dúvidas, já que do sítio onde nos encontrávamos não nos pareceu ter havido razão para tal decisão. Mas a falta existiu mesmo, então ficou um cartão amarelo por mostrar ao defensor visitante.
O Souropires regressou para o segundo tempo com o firme propósito de dar a volta ao resultado, dominando o adversário durante um largo período, só que o tão desejado golo não apareceu. Antes pelo contrário, foi o Águeda a aumentar a contagem na cobrança de um livre em que Valezim pareceu mal batido. Os visitantes não baixaram os braços e continuaram a correr atrás do prejuízo. Até conseguiram marcar um golo, mas que foi novamente mal anulado pelo árbitro da partida. Por tudo isto quer-nos parecer que o resultado é injusto. Quanto ao trio de arbitragem, que viajou de Braga, esteve mal e, atendendo aos erros cometidos, prejudicou o Souropires e influenciou o resultado final. Com esta derrota, o Souropires baixou uns furos na tabela e complicou as suas contas da manutenção, mas continua a depender apenas de si próprio para garantir a permanência.
Fernando Araújo/Rádio F
