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Manifestação foi êxito

Professores

Grande parte dos professores da nossa escola não aprecia o actual modelo de avaliação que está a ser implantado este ano nas escolas. Isto é o que se conclui do êxito das petições e moções assinadas pelos professores da escola para a suspensão deste regime de avaliação e do apoio e participação na manifestação do passado dia 8 de Novembro. O mesmo se depreende da reacção dos professores à avaliação. Mesmo quando aprovam a ideia de avaliação frisam que não é “esta” a avaliação que pretendem ver aplicada. Os contestatários do regime de avaliação combatem a excessiva burocratização, a dependência da avaliação do sucesso dos alunos, as quotas para as melhores classificações, o ser avaliado por formadores com menos tempo de serviço e menos formação que os avaliados e de um modo geral o facto de o processo constituir uma sobrecarga para os professores, já assoberbados com muitas outras tarefas.

Os defensores do modelo de avaliação lançado em Janeiro deste ano salientam a necessidade de avaliar com rigor os professores, o facto de isso contribuir para a melhoria das aprendizagens, a conveniência de avaliar os professores em várias vertentes (prática lectiva, assiduidade, participação em actividades da escola). Por seu lado o Ministério da Educação refere que não entende que se tenha assinado um “memorando de entendimento” e que agora os sindicatos o “rasguem” e cedam aos sectores mais radicais da contestação. Não está por isso provado, segundo o Ministério, que a avaliação não seja exequível com este modelo. A ministra apela pois a que se teste o sistema este ano para introduzir posteriormente alterações, como está previsto no “memorando”.

Na Escola Sec. Afonso de Albuquerque o sistema acaba de dar os primeiros passos com a aprovação no passado dia 6 de Novembro no Conselho Pedagógico dos objectivos e metas para a avaliação dos docentes. Os coordenadores estão agora em condições, dentro dos seus departamentos, de arrancar com o processo. Mas com tanta agitação e ansiedade no ar vai ser bem difícil pô-la em prática.

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