Oito pontos desperdiçados em cinco jogos é este o resultado da má época que o Covilhã vem realizando quando joga em casa, fruto de apenas uma vitória e quatro empates. Tanto no Santos Pinto como no Complexo Desportivo, as coisas não têm corrido bem. A liderança da zona Centro da II B ficou assim mais longe após este percalço frente ao Estarreja, apesar dos poucos pontos que separam o Covilhã dos primeiros, mas começa a ser preocupante a falta de capacidade da equipa serrana em vencer em casa.
O jogo frente ao Estarreja começou numa toada morna, com a equipa forasteira a conseguir neutralizar os ataques serranos com alguma facilidade, lançando, de vez em quando, alguns contra-ataques perigosos. A primeira oportunidade do Covilhã aconteceu aos 19’, quando Kaká tentou um golo de bandeira mas a bola acabou por sair um pouco ao lado da baliza. Sete minutos depois surgiu outro lance de golo, só que Tarantini, em excelente posição, cabeceou ao lado. Estes lances pareciam empolgar os homens da casa, mas logo a seguir o Estarreja voltou a adormecer a partida. O Covilhã tentou então jogar ao primeiro toque e em velocidade, uma disposição contrariada por uma defesa bem colocada sobre o terreno. Aos 37’ o público gritou golo, mas o remate de Tarantini acertou no poste, no único lance em que a defesa do Estarreja falhou. Os golos acabaram por surgir na segunda parte, empolgando o muito público presente no Santos Pinto, que registou a melhor casa desta época. O primeiro aconteceu para os serranos, num lance onde Oliveira teve um grande trabalho na direita e ofereceu o golo a Luizinho, que se estreou a marcar com a camisola do Covilhã.
Parecia que o mais difícil estava feito, só que o Estarreja pôs tudo como dantes cinco minutos depois. Micas teve um excelente trabalho na esquerda, cruzou para o segundo poste onde surgiu João Peixe que, à vontade, cabeceou para golo. A resposta dos serranos não demorou e, aos 67’, Cunha voltou a pôr o Covilhã em vantagem, após mais uma assistência de Oliveira. Três minutos depois, Luizinho teve uma hipótese de “matar” o jogo, mas o remate foi para as nuvens. E quando faltavam dez minutos para o fim veio ao de cima a juventude da equipa serrana, que voltou a “tremer” como tem acontecido quando está a vencer pela margem mínima. O Estarreja aproveitou então para procurar o empate e, após duas excelentes oportunidades de Hugo e João Peixe, conseguiu a igualdade num lance de grande azar da defesa covilhanense. Piguita aliviou mal a bola, esta bateu nas costas de Nuno Coelho e isolou Jorge Gomes que marcou sem problemas. Nos últimos minutos faltou discernimento ao Covilhã para tentar chegar à vitória, já que o Estarreja jogou com dez. No final, Fanã, técnico do Sporting, considerou que a exibição «não foi bem conseguida», mas que os serranos fizeram «o suficiente para merecer melhor sorte».
Francisco Carvalho/Rádio da Covilhã
