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“Malapata” de treinadores

Figueira empata na Mêda sem treinador

Situação insólita! O Ginásio Figueirense apresentou-se na Mêda sem treinador, ou melhor, orientada pelo jogador Pedro Francês no banco e com Zé Henriques a assistir à partida na bancada, onde também se encontrava Adelino Guerra, que, ao que “O Interior” apurou (ver caixa), estará já no domingo a orientar a equipa contra a Lageosa do Mondego.

Na Mêda, a primeira parte mais pareceu uma partida de solteiros contra casados que um jogo da Iª Distrital, tal foi a apatia com que as equipas entraram. Não fosse uma jogada soberba de Nuno Carvalho – num rasgo de imaginação – e o resultado teria permanecido inalterado, mas o medense serviu em “bandeja dourada” uma assistência para Batata converter. Além disto pouco mais. Pouco, muito pouco para duas das melhores equipas do distrito da Guarda. A acalmia era tanta ou tão pouca que nem se deu pela presença de João Adónis. Porém, na segunda parte, o Ginásio veio de “mangas arregaçadas” e deu um valente abanão à partida. Pedro Francês terá “puxado as orelhas” aos seus companheiros e alertado para o facto do novo timoneiro estar na bancada. O que é certo é que o jogo ganhou velocidade e logo no recomeço Rutt marcou. Mas em posição irregular, diga-se. Começou aqui o desatino de João Adónis e seus pares, que, aos 60’, voltaram a invalidar um golo a Rutt depois de João Paulo ter enviado a bola à barra na conversão de um livre.

Os protestos fizeram-se sentir e aumentaram cinco minutos depois quando os medenses reclamaram falta de Rutt sobre Artur Jorge na grande área. Foi, também, a partir daqui que Borrego começou a querer segurar o jogo refrescando a defesa, só que, num “arreganho” de brio e profissionalismo, os homens de Figueira continuaram a carregar, conseguindo parte dos seus intentos a seis minutos do final com João Paulo a conseguir empatar a partida. Até aos 90’, João Adónis ainda teve tempo para expulsar Luís Paulo, ao que tudo indica por “bocas”. Contudo, o seu trabalho fica no “meio termo” com queixas para ambos os lados, apesar do inconformado Mário Jorge Quadrado, presidente do Ginásio, ter afirmado a uma rádio local que João Adónis «ainda deve andar perturbado com o jogo Gouveia-Manteigas, já que aqui também fez uma arbitragem desastrosa». O Figueirense perdeu uma boa oportunidade de voltar à liderança do distrital, já que o Gouveia perdeu no Mileu. O campeonato está ao rubro e emotivo na quadra natalícia.

Guerra no “sapatinho” do Figueirense

“O Interior” sabe que o Adelino Guerra será o próximo treinador do Ginásio Figueirense. O contrato já está rubricado e é válido até ao final da época. Profundo conhecedor do futebol distrital, ele que já jogou e treinou em “quase todas” as equipas do distrital da Guarda – abandonou o comando técnico do Ratoeira há quinze dias – desde a Desportiva da Guarda ao Souropires, passando pelo Pinhel, Lageosa, Celorico, Vila Franca, Pala, Sabugal, Colmeal da Torre (A. F. Castelo Branco), entre outros vem para Figueira de Castelo Rodrigo «para ser campeão». «Há que assumir, esta equipa é formação para ganhar em qualquer lado e para ficar em primeiro lugar», afirmou no final da partida de domingo a “O Interior”, depois de ter rubricado o acordo com a direcção do Ginásio. Então o que lhe falta? «Nada. Só vontade de ganhar. E eu vou fazer-lhes ver que têm “pernas para andar” sempre em primeiro lugar. Só é preciso mudar a mentalidade dos jogadores, mais nada», garante. Quanto a reforços, foi peremptório: «O Figueira não precisa», admite, aquele que também foi comentador desportivo na Rádio Elmo de Pinhel. Mas depois de tanta experiência acumulada nos campos do distrito, quer a jogar quer a treinar, e dos comentários, chegou a hora do seu maior desafio: «Ser campeão pelo Ginásio Figueirense».

Carlos Coelho

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