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Mais uma teoria da conspiração

As mulheres ocidentais têm já, em média, menos de dois filhos. A população não desce ainda, mas apenas porque a esperança de vida aumentou. Em 2020, falta pouco, vai haver países na Europa ocidental com uma média de idades superior a cinquenta anos. Vamos ser gordos, mais pobres e decadentes. A civilização que construímos tem como objectivo último a busca do prazer e como valor essencial a capacidade de consumir, erigida em direito humano essencial. Como gosto de dizer, as grandes cadeias de distribuição comungam com os partidos comunistas no mesmo objectivo final: que cada proletário possa encher de compras, cada vez com mais frequência, o carrinho do supermercado. Há isto tudo e há o açúcar. E há também a gordura, o álcool e as comidas processadas.

Há também, a Sul e em redor desta Europa decadente, velha e gorda, mais de mil milhões de muçulmanos (não contando os que vivem cá e os muitos que por cá actuam como quinta coluna). Pararam na idade média e acham que um só livro substitui com vantagem todo o conhecimento adquirido pelo Ocidente (são traduzidos mais livros em Espanha num ano do que em todos os países árabes – juntos). Se lhes fosse retirado o petróleo, as suas economias conjuntas valeriam muito menos do que, por exemplo, a Apple ou a Microsoft. Em termos de desenvolvimento humano, de esperança de vida, de mortalidade infantil, de alfabetização, de respeito dos direitos humanos, das minorias, das regras democráticas, os seus indicadores ficam sempre abaixo dos nossos. Houve já mais de oitocentos judeus a ganhar o prémio Nobel, mas apenas uma dúzia de muçulmanos o conseguiram. Mas ganham-nos, e muito, a todos, judeus ou não, na taxa de natalidade, na juventude e na ferocidade dos seus desígnios. Têm como objectivo a expansão do Islão – à nossa custa, como expressão de vingança e custe o que custar. Sabem muito bem que, quando o petróleo acabar não terão nada senão o deserto e a pobreza.

Foram derrotados por Carlos Martel em Poitiers, há mais de mil anos, e expulsos de França, primeiro, e depois, pouco a pouco, do resto da Europa. Espanha e Portugal foram criados à medida que iam sendo empurrados para Sul e depois para o Norte de África. Eles continuam a sonhar com o Califado da Andaluzia e a sua reconstrução, e com as terras mais férteis do Norte. Ao mesmo tempo que atribuem as culpas dos seus problemas ao ocidente, planeiam o regresso e a sua própria reconquista. Quando ficarmos demasiado velhos e gordos para nos podermos defender, eles voltarão inevitavelmente, e o sítio mais simples, mais fácil, para a entrada na Europa, é Portugal.

Por: António Ferreira

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