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Mais um obstáculo ultrapassado

Figueirense somou mais três pontos no difícil campo do Vila Cortês, apesar de ter estado a perder por duas vezes

O Ginásio Figueirense continua sem dar hipóteses à concorrência na luta pelo título distrital da Guarda, tendo ultrapassado com distinção a difícil deslocação a Vila Cortês do Mondego no último domingo. Apesar de ter estado por duas vezes em desvantagem, num campo tradicionalmente complicado para os visitantes, a equipa de Manuel Barbosa consumou a reviravolta no marcador nos últimos minutos da partida.

O jogo começou de forma electrizante, pois, aos 5 , já tinham sido apontados dois golos. O primeiro aconteceu aos 3 , por Titá, que, de fora da área, atirou uma “bomba” ao ângulo superior esquerdo da baliza de Cláudio, que ainda se atirou, mas em vão. Mas o empate não tardou. Cruzamento da esquerda, com Luís Paulo a aproveitar uma falha de marcação da defensiva contrária para, ao segundo poste, encostar para o fundo das redes. A partida continuou com um ritmo intenso e, aos 10 , os locais viram um golo mal anulado. Na sequência de um cruzamento da direita, Xano apareceu ao segundo poste, atrás de Sérgio e Cláudio, a rematar para golo com a bola a bater ainda no braço do defensor antes de entrar na baliza. Contudo, o árbitro assistente Bruno Pinto levantou a bandeirola. Com o campo em péssimas condições devido à chuva, a partida decaiu de qualidade e só voltou a animar na recta final do primeiro tempo. Aos 35 , o irrequieto Titá voltou a “fazer das suas”. Livre na direita para o jovem avançado surgir a cabecear para o 2-1. Novamente em desvantagem, o líder alcançou o empate em tempo de compensações. Grande arrancada de Luís Paulo pela esquerda, em que “sentou” três adversários antes de cruzar com conta, peso e medida para Paulo Jacinto, sem marcação, rematar certeiro.

Se a etapa inicial foi equilibrada, no segundo tempo o Figueirense assumiu maior domínio. Aos 51 , Faneca, na marcação de um canto na esquerda, acertou no poste da baliza do Vila Cortês, que no minuto anterior tinha ficado sem o influente Vítor Hugo por lesão. Volvidos 12 minutos, Xano, em contra-ataque, rematou perto do poste direito. O líder do Distrital intensificava a sua pressão e, aos 66 , Tó Jorge teve que se aplicar num remate de Sérgio. Aos 79 , o guarda-redes do Vila Cortês voltou a negar o 2-3 com uma grande defesa a livre de Camilo. Mas aos 86 o Figueirense marcou mesmo o terceiro golo. Faneca “cavou” uma falta mesmo à entrada da grande área que Camilo cobrou de forma perfeita, fazendo a bola sobrevoar a barreira e anichar-se no fundo das redes. A arbitragem de Paulo Brás ficou manchada pelo lance do golo anulado ao Vila Cortês que poderá ter tido influência no resultado final. Após o jogo, Carlos Ascensão, técnico dos locais, afirmou: «Sem querer beliscar o trabalho do árbitro, a falta que deu origem ao lance do 2-3 é um pouco forçada. Por outro lado, fiquei com sérias dúvidas na jogada do golo anulado». Já Manuel Barbosa referiu que o adversário «foi duas vezes à nossa baliza e fez dois golos», mas que a sua equipa poderia ter feito «quatro ou cinco», sublinhando que esta vitória foi «muito importante».

Ricardo Cordeiro

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