Os turistas que visitem o distrito da Guarda devem ser um «alvo gastronómico» para a restauração e hotelaria, aproveitando e potenciando «um património bem referenciado», aponta o presidente da Associação do Comércio e Serviços do Distrito da Guarda (ACG). Se ex-libris como a Sé Catedral ou a Torre de Menagem já atraem visitantes pela sua história e envolvência, é hora de conquistar os turistas pela “barriga”: «A hotelaria e a restauração beneficiam, mas, em termos gerais, com mais turismo há também uma maior dinâmica do comércio local», defende Miguel Alves.
O responsável não duvida que haverá uma maior afluência de turistas à cidade mais alta nos próximos meses, o que será uma boa oportunidade para “animar” a rotina dos comerciantes. «Acredito que alguns eventos e estratégias vão dinamizar o turismo local e da região», sublinha o presidente da ACG, salvaguardando que «o comércio também tem de se ajustar» às exigências atuais, nomeadamente ao nível da comunicação e das novas tecnologias. Para contornar esta dificuldade, a ACG colaborará com os comerciantes – e eventualmente outras entidades – num objetivo comum: dar resposta aos turistas que pretendam consumir os mais diferentes produtos no distrito da Guarda.
Ainda assim, Miguel Alves considera que «a maior parte dos comerciantes estão preparados» para diversos públicos de turistas. Mas há dois aspetos identificados e a melhorar – e para os quais a ACG prepara soluções. Por um lado, «o ponto de venda e a formação do atendimento», indica, exemplificando com a necessidade de apostar na divulgação, apresentação das montras e domínio de línguas, particularmente o espanhol e francês. As principais dificuldades estão sinalizadas e deverão ser contornadas a curto-médio prazo, até porque «a oferta está bem organizada», entende o dirigente.
