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Mais quatro bancos descem ‘spreads’ da habitação em Junho

O movimento é consistente. Desde o início do ano, apenas três bancos, entre os 12 maiores, ainda não mexeram nos ‘spreads’.

Apenas três, entre os 12 maiores bancos nacionais, ainda não mexeram nos ‘spreads’ da habitação desde o início do ano. Trata-se de um movimento consistente de descida dos ‘spreads’, após três anos sem qualquer alteração às elevadas taxas cobradas pela banca – o movimento inverso deu-se em 2011 com o pedido de resgate internacional. Junho trouxe estreias, com Montepio, Banif e Deutsche Bank a cortarem pela primeira vez no ‘spread’ que exigem para o financiamento da compra de casa. Já o Santander voltou a descer o custo mínimo, de 2,99% para 2,49%, apenas três meses após ter cortado o ‘spread’ em ambos os extremos do intervalo.

O corte mais agressivo pertenceu no entanto ao Montepio, que reviu o ‘spread’ máximo de 3,7% para 2,9%, enquanto o mínimo passou de 6% para 3,9%. Apesar de existirem seis bancos com ‘spreads’ mínimos inferiores, o Montepio apresenta agora não só o ‘spread’ máximo mais baixo do mercado, mas também o menor intervalo de preços – apenas um ponto percentual. Ou seja, uma tabela que tende a favorecer os clientes de maior risco. Já o Banif cortou substancialmente o custo máximo que exige para conceder financiamento, de 7,95% para 5,95%, mas manteve inalterado o custo mínimo, em 3,6%. O inverso aconteceu no Deutsche Bank, que reviu apenas o ‘spread’ mínimo, de 3,7% para 3%.

Apesar destas alterações, o ‘spread’ mínimo mais baixo do mercado continua a pertencer ao Banco Popular, em 2,25%. Desde Dezembro, o Popular já reviu os ‘spreads’ da habitação por duas vezes. Um custo, no entanto, acessível apenas aos melhores clientes. Para perfis de risco superiores, o Montepio tem agora a oferta mais agressiva.

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