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Mais de 80 trabalhadores «precários» na ULS da Guarda

PCP denuncia consequências gravosas das mudanças do Governo na área da Saúde

«A situação económica e social do distrito da Guarda está agravar-se de mês para mês». A conclusão saiu da última reunião da distrital do PCP, cujos líderes consideram «preocupante» o ritmo de falências e encerramento de empresas, que tem levado «ao aumento significativo desemprego num distrito onde escasseiam postos de trabalho indispensáveis para impedir a debandada da população para o litoral e estrangeiro».

Os comunistas consideram, por outro lado, que o actual Governo alterou «para pior» o Código do Trabalho, o que tem levado «ao agravamento das condições de vida e de trabalho». Exemplo disso, garantem num comunicado, é a ULS da Guarda, «onde são mais de 80 os trabalhadores afectados pela precariedade». As mudanças encetadas pelo Governo na área da saúde, na Guarda, foram, aliás, um dos temas em debate na última reunião do partido. Os comunistas alertam para a diminuição de camas nos hospitais e serviços de saúde do distrito, para o encerramento dos internamentos em Pinhel, Gouveia e Manteigas, para a ameaça do encerramento dos SAP e para a redução efectiva do número de médicos e enfermeiros.

Outra das críticas prende-se com o atraso na conclusão das obras no Hospital de Seia e nos Centros de Saúde de Pinhel e da Guarda, o que constitui «uma manobra de pré-campanha eleitoral». O PCP denuncia igualmente o aumento do número de internamentos, facto que tem levado a que «haja doentes nos corredores do Hospital Sousa Martins». Aquando da decisão da construção do novo Centro de Saúde da Guarda deveria ter sido acautelada «a dimensão da estrutura física para evitar que se tivesse de recorrer a espaços alugados a outras entidades não públicas», acusam.

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