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Mais de 3 mil hectares ardidos no início de outubro

Fogos florestais foram devastadores na primeira quinzena deste mês no distrito da Guarda

A área ardida no distrito da Guarda aumentou mais 3.153 hectares só na primeira quinzena de outubro. Um número avassalador e que representa quase tanto como a área queimada até final de julho. O tempo seco e quente das últimas semanas explica em

parte este fenómeno que coloca a Guarda no topo dos distritos com mais área ardida em Portugal.

O último relatório provisório da Autoridade Florestal Nacional (AFN) é esclarecedor. Neste período, registaram-se mais 152 ocorrências, grande parte das quais (83) foram incêndios, logo mais devastadores para matos e povoamentos. Até 15 de outubro também o número de fogachos (área ardida inferior a um hectare) continuou a aumentar, com mais 67 casos. Segundo o documento, divulgado na semana passada, desde o início do ano arderam 9.750 hectares no distrito da Guarda, onde deflagraram 281 incêndios e 327 fogachos. Houve ainda 31 reacendimentos (mais 7 que no final de setembro). No total distrital, a AFN revela que as chamas lavraram predominantemente em zonas de matos (8.423 hectares) e afetaram igualmente 1.327 hectares de povoamentos. De resto, a Guarda acumula o “título” de distrito com mais área ardida com o do maior incêndio do ano, ocorrido na Bendada (Sabugal) em agosto, quando arderam 1.720 hectares.

Nos primeiros quinze dias deste mês houve oito grandes incêndios, o maior dos quais aconteceu na Cabreira (Almeida), onde arderam 419 hectares. Seguem-se-lhe Azevo (Pinhel), com 333 hectares, Carnicães (Trancoso), com 283, e Carvalhal (Mêda), com 258 hectares queimados. Em Vila Cortês da Serra (Gouveia) arderam 200 hectares, mais 34 que na Atalaia (Pinhel) e mais 74 que no Azevo, enquanto em Ranhados (Mêda) as chamas consumiram cem hectares. Em termos nacionais, a Guarda está à frente de Bragança (9.709 hectares) – que ocupava o primeiro lugar até ao final de setembro – e o terceiro distrito mais afetado pelos fogos esta época é Vila Real, com 7.553 hectares queimados. Segundo a AFN, já arderam desde o início do ano 57.638 hectares, num total de 22.392 ocorrências registadas em Portugal.

Houve oito grandes incêndios no distrito até dia 15

Mais de 3 mil hectares ardidos no início de
        outubro

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