A carência de enfermeiros que, segundo a Direção Regional da Beira Alta do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, se faz sentir nos dois hospitais da Unidade Local de Saúde da Guarda já originou «uma dívida de 17.562 horas aos profissionais», o que correspondem 2.195 dias de trabalho.
De acordo com o mesmo sindicato, a sobrecarga de trabalho dos enfermeiros tem sido agravada com algumas baixas, o que significa «uma violação clara de toda a legislação do trabalho e da carreira de enfermagem, no que concerne à elaboração de horários». Em comunicado, a Direção Regional da Beira Alta sublinha que «é urgente a contratação de enfermeiros para que a resposta da ULS, às necessidades da população, não fique comprometida». Na mesma nota lê-se ainda que «os horários de trabalho dos enfermeiros continuam a pugnar pela ilegalidade» devido aos turnos sem intervalo de 16 horas, à ausência de duas folgas semanais e à acumulação de horas a mais «sem que lhes seja dada a compensação devida, ou seja, o pagamento desse trabalho como trabalho extraordinário».