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Maioria dos concelhos da região tem iluminação natalícia

Contenção é palavra de ordem na generalidade das autarquias, que procuram parcerias e iluminam apenas as artérias principais

Seja através de candidaturas ou com recursos próprios, são pelo menos 13 as Câmaras da região que este ano têm iluminação de Natal. Um dos regressos mais notados é o da Guarda que, três anos depois, volta a acender as luzes festivas nalguns pontos da cidade, nomeadamente entre o Jardim José de Lemos e a Praça Velha. A iniciativa é financiada em 85 por cento por fundos comunitários, sendo os restantes 800 euros pagos pela autarquia.

Quem também recorreu a candidaturas foram os municípios que integram a Raia Histórica – Associação de Desenvolvimento do Nordeste da Beira e que, à partida, vão ter as despesas custeadas pela entidade. É o caso da Mêda, onde a aposta é justificada pelo facto de «não devermos cortar com as tradições», declara o presidente Anselmo Sousa, assumindo que «vamos reduzir bastante os custos». A iluminação natalícia custa quatro mil euros, valor pago na totalidade pela associação. O mesmo deverá acontecer em Trancoso, cuja iluminação custará 3.500 euros, bem como em Figueira de Castelo Rodrigo, Almeida e Pinhel. A autarquia da “cidade falcão” não adianta custos, mas confirma que são suportados «por uma candidatura, sendo para o município inteiramente gratuita».

Dos valores conhecidos, a Câmara da Covilhã é a que mais gasta, com um investimento total de 12 mil euros. Este ano, a iluminação, ligada na passada segunda-feira, vai estender-se a alguns bairros da cidade. Em Belmonte, as luzes natalícias decoram o centro da vila e as localidades de Caria, Enguias, Maçainhas e Colmeal da Torre. Esta era uma das promessas eleitorais de António Dias Rocha, que não divulga quanto vai gastar. A contenção orçamental é a regra na generalidade dos municípios. A Câmara de Gouveia não gasta «mais de dois mil euros» com as luzes a ocuparem o centro da cidade e as principais ruas comerciais, tratando-se do investimento «mais reduzido dos últimos anos», adianta o gabinete de comunicação. Já em Vila Nova de Foz Côa, a autarquia vai despender 2.800 euros mais IVA, enquanto a Câmara de Manteigas fará uma iluminação «simbólica» nalguns locais, pagando 1.500 euros, «mão-de-obra incluída».

Também no Sabugal a iluminação será pontual, compreendendo um presépio e outros recursos dos serviços camarários. O mesmo poderá acontecer em Fornos de Algodres onde, a haver iluminação, será «esporádica e sem exageros», indicou fonte oficial da autarquia. Em Seia, a iluminação é «fruto do esforço dos colaboradores da autarquia e do estabelecimento de parcerias», informou o gabinete de comunicação do município, onde há árvores, rotundas e entradas da cidade iluminadas. Em Celorico da Beira, as limitações orçamentais impedem a colocação e iluminação natalícia, que foi substituída pela sonorização do principal eixo comercial da vila, por um mega presépio e pela casa do Pai Natal, entre outros. «Houve o cuidado de colmatar esta situação com outras alternativas assentes na originalidade, voluntarismo e trabalho», justifica a autarquia. O INTERIOR também contactou as Câmaras de Aguiar da Beira e Fundão, mas não obteve resposta em tempo útil.

Vox Pop: O que acham os guardenses do regresso da iluminação de Natal?

Carlos Lucas

«Alegra sempre um bocadinho ver as luzes, esta iluminação, a decoração. Eu acho que se deve tentar sempre, penso que há projetos e maneiras de tentar resolver o assunto sem gastar muito dinheiro».

Mercedes Carvalhinho

«É bom, tendo em vista a reabilitação do comércio tradicional e a época em que estamos. É uma bela iniciativa da Câmara Municipal e associados».

Carlos Baptista

«Parecendo que não, é uma pequena nuance que nos faz logo lembrar esta época. Não é por este pequeno “mimo” que as contas ou o orçamento vão influenciar muito a vida dos guardenses».

Laurinda Alpendre

«Apesar da crise, acho que vale a pena porque isto anima a gente. Estas iluminações condizem mesmo com a época que estamos a viver. É certo que sem exageros, mas devemos continuar».

Ariana Pais

«Acho que é importante a iluminação estar de volta. E a cidade fica muito mais bonita, claro. Deve continuar».

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