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Maior dose de paciência *

Li com muita atenção o Editorial da semana passada e recordei-me de algumas situações vividas no passado dia 9 de Janeiro. Concordando com a análise efectuada, permita-me que coloque uma questão. Considerando que a protecção civil também deve, ou deveria ser, uma actividade desenvolvida pelos cidadãos e que a informação sobre as previsões meteorológicas são facilmente consultáveis na internet, nos jornais, nas rádios e nas televisões, será que não caberá aos cidadãos equipar os seus veículos com correntes? Não deveriam ter respeitado a sinalização, não circulando por artérias já cortadas ao trânsito? Parece-me, como leitor assíduo de O INTERIOR, que deveria ter, também, questionado os habitantes da Guarda no seu Editorial. (…) Como sabe, as opções de investimento que os responsáveis autárquicos têm que efectuar raramente apontam para a protecção das pessoas e bens. Talvez também por isto nenhum município do distrito que tem problemas com a neve está equipado com um espalhador de sal capaz – é que só a máquina custa cerca de 20 mil euros. Há ainda um outro argumento, de ordem técnica. O sal não é eficaz com temperaturas da ordem dos quatro graus negativos porque gela de imediato. Assim sendo, talvez tenhamos que apelar a uma maior dose de paciência da parte de todos.

Rogério Castela

* Título da responsabilidade da redacção

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