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Maçaínhas foi capital europeia do radiomodelismo

Competição envolveu 180 pilotos durante uma semana na pista daquela freguesia do concelho da Guarda

O Europeu de Radiomodelismo da EFRA (European Federation of Radio Operated Model Automobiles) trouxe até Maçaínhas, na Guarda, 180 pilotos de 21 países que se empenharam para proporcionar momentos de grande espectáculo aos amantes desta modalidade. Ao todo, o evento organizado pela Associação Cultural e Desportiva (ACD) “Os Beirões” envolveu cerca de 700 a 800 pessoas na competição que decorreu durante cinco dias no antigo campo de futebol da freguesia.

O espanhol Carlos Ambrosio, dirigente da EFRA, explicou que a organização da prova veio para Maçaínhas após uma «dura competição» com circuitos de Itália, Alemanha e Espanha. Segundo este responsável, “Os Beirões” apresentaram uma proposta de organização «de primeira qualidade» e, depois de alguns melhoramentos na pista, «encontrou-se uma solução de primeira categoria» que permitiu que o circuito «suportasse a passagem de quase 180 carros durante uma semana sem nenhum problema». Keilia Ekenstierna foi a única senhora em competição, o que é uma condição «muito engraçada», admitiu, considerado a pista «muito divertida» e «agradável», apesar de difícil, afirmou a jovem sueca, que também gostou da região da Guarda. Já o actual campeão espanhol – e que terminou o Europeu em segundo lugar – salientou que a pista «é um pouco diferente daquelas em que corremos normalmente, porque o piso é irregular e o carro desestabiliza sempre muito, mas as condições são as mesmas para todos e temos que viver com isso», declarou Robert Batlle.

O presidente de “Os Beirões” não podia estar mais satisfeito com o modo como decorreu «o maior evento desportivo» que a colectividade organizou até ao momento, sublinhando que os 180 pilotos chegaram de países como Portugal, Rússia, Estónia, Espanha, França, Itália, Alemanha, Inglaterra, República Checa, Noruega, Suécia ou Finlândia. Além dos “actores principais”, houve ainda «uma envolvência de cerca de 700 a 800 pessoas permanentemente no evento, entre pilotos, mecânicos, “team managers”, imprensa, árbitros, pistadores e todos os outros elementos da organização», adiantou Júlio Baía. O evento custou cerca de 150 mil euros, mas «provavelmente» vão registar-se «algumas pequenas derrapagens», numa verba que é «muito significativa» para a colectividade, que já tinha algum investimento efectuado no espaço. «Isto não nasceu de raiz agora. Parte dos 150 mil euros serviram para um “up grade” das instalações que tínhamos. Tem sido o evoluir de uma forma cronológica em termos de eventos. Começámos com os troféus, agora com o Campeonato da Europa e, quiçá, daqui por uns anos um Mundial ou outra prova dessa envergadura. É esse o nosso objectivo», adiantou o dirigente.

Esta ambição não poderá ser concretizada em breve, pois o Mundial «viaja entre os continentes», estando neste momento na Ásia e «só dentro de sete ou oito anos é que voltará à Europa. Quem sabe nessa altura», disse, esperançado. A nível competitivo, o francês Renaud Savoya sagrou-se campeão europeu pela terceira vez consecutiva, à frente do espanhol Robert Batlle e do português Miguel Matias.

Ver também em www.ointerior.tv.

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