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Linha Pocinho-Barca d’Alva na agenda do Governo

Reactivação da ferrovia até Salamanca para fins turísticos é um dos pontos principais de um memorando de cooperação com a Junta de Castela e Leão

É mais um sinal de partida para a reactivação da linha férrea entre o Pocinho e Barca d’Alva, no Douro. Na semana passada, o ministro do Ambiente, Nunes Correia, e o presidente da Junta de Castela e Leão, Juan Vicente Herrera, comprometeram-se a apresentar até final do ano um plano concertado de desenvolvimento para a região Douro/Duero, que prevê a reactivação, para fins turísticos, daquele troço até Salamanca.

A medida é um dos principais pontos de um memorando sobre cooperação transfronteiriça assinado entre o Governo português e aquela comunidade autónoma espanhola. «Até final de 2009 haverá um plano concreto para o desenvolvimento coordenado entre Espanha e Portugal da grande bacia do Douro», disse Nunes Correia aos jornalistas no final da cerimónia de assinatura do memorando, que aponta também como objectivo neste âmbito a «estruturação» de uma rota do Património da Humanidade ao longo do rio. «Salamanca e o Porto são duas cidades Património da Humanidade que estão de costas voltadas», disse Nunes Correia, sublinhando o facto de também o próprio Vale do Douro ter sido considerado Património da Humanidade da UNESCO. Será ainda estudada a reactivação da linha de caminho-de-ferro entre o Pocinho (Foz Côa), Barca d’Alva (Figueira de Castelo Rodrigo) e Salamanca, um projecto com «grande potencial turístico», sublinhou o ministro.

Por seu lado, Juan Vicente Herrera, sublinhou o «valor político» do compromisso assinado com o Governo português, adiantando que o próximo passo será estudar «as dificuldades técnicas, ambientais e financeiras» associadas à reactivação deste troço ferroviário desactivado desde o início dos anos 80, estimando um investimento de 80 milhões de euros. A possibilidade de uma candidatura conjunta a financiamentos europeus para este projecto foi admitida pelos dois responsáveis. O memorando também prevê impulsionar o projecto Mobilidade, Inovação e Território (MIT), que inclui iniciativas conjuntas de Castela e Leão com a região Centro de Portugal para valorizar o eixo Aveiro/Viseu/Guarda/Salamanca/Valladolid/Burgos nos transportes, educação, ambiente e desenvolvimento sustentável ou turismo.

Troço desactivado desde os anos 80 tem «grande potencial turístico», garante o ministro do Ambiente

Comentários dos nossos leitores
Maria Helena Falé mariahelenafale@hotmail.com
Comentário:
Já basta de tanta coisa boa e bonita condenada ao abandono. Temos um país lindo, diversificado, com bom clima e não sabemos tirar partido do bem que temos. Parabéns, pois, por esta iniciativa. Outras semelhantes que sejam também concretizadas. Bem precisamos de andar para a frente!!!
 
manuel moreira manuel.gina@hotmail.pt
Comentário:
É triste ver tanta coisa bela desaparecer, um património riquíssimo já desaparecido. Será que ninguém vê?
 

Linha Pocinho-Barca d’Alva na agenda do Governo

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