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Lactovil moderniza-se

Nova unidade vai permitir produzir dez toneladas de queijo por dia, o triplo da actual produção

Apesar da crise financeira que assombra a maioria das empresas, a LACTOVIL – Lacticínios de Trancoso, SA aposta na modernização e num novo edifício equipado com a mais alta tecnologia para melhorar a qualidade dos seus queijos, o único produto que comercializa.

A empresa está implantada no concelho trancosense há trinta anos, pelo que o actual edifício está «a ficar saturado e velho», apesar do último investimento na sua remodelação datar de 1997, recorda José Pedro Pinto, vice-presidente do Conselho de Administração da Lactovil. «Decidimos por isso construir uma estrutura de raiz em vez de remodelar o velho edifício», acrescenta o responsável, revelando ainda que a nova unidade vai ser apetrechada com «equipamento da última tecnologia». Nesse sentido, a Lactovil vai apostar na certificação da unidade ao «mais alto nível, mas não esquecendo a relação com o custo», até porque a empresa está a fazer um grande esforço financeiro, pois estão a ser gastos com estas obras «largos milhões de euros», sublinha José Pedro Pinto, realçando o facto deste investimento acontecer numa «época de crise». Trata-se, contudo, de um empreendimento com quase dois anos e que «é para levar a bom porto», garante. Por outro lado, a Lactovil também pretende com a nova unidade «minimizar os problemas ambientais» decorrentes deste tipo de indústrias, assevera o administrador, e nesse sentido está previsto o tratamento de efluentes, «que é um grande problema dos lacticínios».

O edifício está praticamente concluído, «só falta a montagem», e os responsáveis pela empresa contam poder inaugurar as novas instalações em Novembro. Actualmente, a Lactovil produz cerca de três mil quilos de queijo por dia, um número que vai crescer exponencialmente com a entrada em funcionamento da nova unidade, preparada para produzir dez toneladas por dia, quase o triplo da actual produção. «Apesar do nosso mercado não ter essa dimensão, vamos tentar conquistar novas rotas», diz José Pedro Pinto, apostando no marketing e na publicidade. De qualquer modo, o vice-presidente da Lactovil salienta que são os consumidores «que ditam a credibilidade dos produtos», acrescentando ainda eles estão «cada vez mais exigentes». A empresa produz cinco tipos de queijo de leite de vaca (tipo-flamengo, tipo-prato, tipo-barra) e comercializa em todo o território nacional várias marcas, nomeadamente “Quinta das Pousadas”, “Montanha”, “D.Dinis”, “Flor da Estrela”, entre outras.

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