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Lacticínios da Marofa reabrem perto do Natal

Antigos funcionários já foram readmitidos pelo grupo espanhol que adquiriu a empresa

A empresa Lacticínios da Marofa, instalada na zona industrial de Figueira de Castelo Rodrigo, encerrada desde Novembro do ano passado, deverá voltar a laborar dentro de um mês e meio. Os responsáveis por esta “prenda” de Natal antecipada são os espanhóis do grupo Lácteas Cobreros, da zona de Zamora, que, na passada terça-feira, reuniram com a autarquia para apresentarem os seus projectos de investimento. Entretanto, os funcionários já foram readmitidos pelos novos investidores.

Como “O Interior” já tinha avançado na última edição, os espanhóis da Lacteas Cobreros escrituraram, há duas semanas, a aquisição da Lacticínios da Marofa. E, na passada terça-feira, um dos accionistas da empresa e um responsável pelo departamento comercial estiveram reunidos com o autarca local, António Edmundo, a quem apresentaram um conjunto de projectos de investimento. No final, o edil figueirense estava notoriamente satisfeito: «Está tudo a decorrer dentro da nossa expectativa», disse, acrescentando que «já foram readmitidos alguns dos funcionários para começarem a laborar». Segundo os investidores, «dentro de um mês e meio a fábrica deverá estar a funcionar “sobre rodas”», continua António Edmundo. De resto, a Lácteas Cobreros é uma empresa com mais de 20 anos de experiência nos sectores lácteos, radicada na província de Zamora. «Com uma grande frota de transporte e uma enorme capacidade de produção, sendo que produzem seis mil rolos de queijo de cabra por hora», exemplifica. Por isso, nesta primeira fase «estamos muito optimistas», garante.

Há praticamente um ano que a autarquia tem alertado para a importância da agro-indústria num concelho com cerca de 30 mil ovelhas. «Agora, os produtores já vão ter um comprador para o leite das suas ovelhas», respira de alívio. Ao longo de todo este processo, António Edmundo sempre sustentou que a fábrica tinha viabilidade, dado possuir «mercado, produto, saber fazer e uma mão-de-obra qualificada». Para o concelho, a “boa nova” é um importante investimento, «não só pela criação de mais postos de trabalho, mas também por ser um sector com grande tradição e onde há muitos técnicos para serem recrutados», aponta. Para já, foram readmitidos 20 funcionários, o mesmo número que trabalhava na fábrica quando fechou, mas no futuro deverão ser criados mais postos de trabalho. Para António Edmundo, a reabertura da Lacticínios da Marofa poderá ser uma “bandeira” de incentivo. Por outro lado, segundo o autarca, os investidores estão a pensar fazer em Figueira de Castelo Rodrigo um centro de logística de leite e seus derivados, «dadas as boas instalações e as boas áreas disponíveis», cerca de 18 mil metros quadrados. Mas o grupo espanhol também poderá utilizar «esta “porta”» como entrada no mercado nacional. No entanto, só no início do próximo ano serão revelados os novos projectos. «Estou convencido de que este vai ser um bom presente de Natal para o município», garante.

Patrícia Correia

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