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“Labirinto” estreia na antiga judiaria da Guarda

Teatro

O centro histórico da Guarda é o cenário da peça “Labirinto”, uma criação da Rede Artéria com estreia marcada para amanhã (21h30).

Encenado por Graeme Pulleyn, o espetáculo tem início no Largo do Torreão e é apresentado em percurso na antiga judiaria e Rua Direita, locais de encontros, «entre o velho e o novo, o passado e o presente, amigos e inimigos, homens e mulheres, judeus e cristãos, israelitas e palestinianos, músicos e atores, amadores e profissionais». Os pontos de partida desta produção são vários, das histórias e memórias das pessoas e das pedras do bairro de São Vicente, que acolheu uma dinâmica comunidade judaica durante a Idade Média, ao “Mercador de Veneza”, de William Shakespeare, com o objetivo de «refletir sobre conflitos que parecem não ter solução, ontem, hoje e amanhã», adianta a produção. «Depois, cruzámos isso com história mais recente, como a questão de Vilar Formoso e a chegada dos refugiados na II Guerra Mundial, e as memórias vivas do bairro», acrescenta o encenador.

O espetáculo repete no sábado e domingo, no mesmo horário, e tem entrada livre mas lotação limitada, pelo que é necessária reserva antecipada no Aquilo Teatro ou através do telefone 962 542 007. “Labirinto” é uma cocriação e interpretação de Ana Vargas, César Prata, Gabriel Gomes, Maria Isabel Mendonça, Sofia Moura e Vítor Freitas, com interpretação de Caroline Zeiler, Rita Freire, Dennis Xavier, Carlos Morgado e Emília Beirão. O espetáculo segue depois para Tábua (8 de setembro), Viseu (22 de setembro) e Figueira da Foz (29 de setembro), outras localidades da Artéria. Trata-se de uma rede de programação cultural liderada pel’O Teatrão que, durante dois anos, vai criar e fazer circular espetáculos em oito concelhos da região Centro: Belmonte, Coimbra, Figueira da Foz, Fundão, Guarda, Ourém, Tábua e Viseu.

Os últimos ensaios têm decorrido no centro histórico

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