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“La Traviata” no TMG

Operá regressa à Guarda meio século depois do último espectáculo

A grande ópera está de regresso à Guarda após mais de meio século de interregno. O acontecimento histórico concretiza-se sábado à noite no Teatro Municipal (TMG) com um espectáculo esgotado há duas semanas. Em cena, a Companhia Lírica Siglo XXI apresenta “La Traviata”, de Giuseppe Verdi, com libreto de Piave, a partir do clássico da literatura francesa “A Dama das Camélias”, de Alexandre Dumas (filho). Trata-se de um dos maiores clássicos mundiais de ópera cuja acção, em três actos, decorre em Paris em meados do século XIX. Foi representada pela primeira vez a 6 de Março de 1853, em Veneza (Itália), e no grande auditório do TMG vai envolver 90 artistas, entre músicos e intérpretes.

A Companhia Lírica Siglo XXI, oriunda de Espanha, tem-se destacado nas temporadas de ópera das maiores salas do país vizinho. Para “La Traviata”, a produção anuncia solistas «de renome internacional, um coro de grandes dimensões, uma orquestra de 45 músicos, cenários e adereços espectaculares». A companhia apresenta-se sob a direcção cénica de Amilcare Biondi e musical de Victor Bockman e Sérgio Ratti. Com uma média superior a 80 espectáculos por temporada, a Companhia Lírica Siglo XXI tem-se consolidado como a mais importante produtora do género em Espanha. Do seu repertório constam os clássicos “Tosca”, “Madame Butterfly” e “La Bohéme” (todos de Puccini); “La Traviata”, “Rigoletto” e “Il Trovatore” (Verdi); “Marina” (Arrieta); “Lucia de Lamermoor” (Donizzeti) ou “O Barbeiro de Sevilha” (Rossini). Destaque ainda para a realização da grande ópera “Mefistófeles” (Arrigo Boito), com mais de 170 artistas, por ocasião da inauguração do Nuevo Auditorio de Mósteles, em Madrid.

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