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Kempo dá os primeiros passos na Guarda

A arte marcial, ainda pouco conhecida, lembra os filmes de kung fu mas também tem uma vertente psicológica

A Associação de Kempo Chinês da Beira Interior está na Guarda desde novembro, altura em que o “sifu” Diogo Henriques trouxe o kempo para a cidade mais alta. O objetivo é atrair mais praticantes, decorrendo as aulas às segundas (das 20h15 às 21h45) e quartas-feiras (das 20 horas às 21h30) na Secundária Afonso de Albuquerque.

«Estamos na fase inicial, costumamos ter seis ou sete pessoas, mas estamos a tentar expandir o lohan tao kempo até cá», refere Diogo Henriques. O instrutor, natural de Rio Maior, mudou-se para a Covilhã quando ingressou no curso de Ciências do Desporto (está a frequentar o último ano), trazendo na “mala” o kempo e a vontade de o desenvolver na região: «Este é o terceiro ano na Covilhã e estamos também em Cernache», indicou o “sifu”, dizendo poder vir a alargar a modalidade a Castelo Branco. O kempo«é baseado «em defesa pessoal, mas também treinamos formas, como o combate nas suas diferentes vertentes e armas», explica. A aprendizagem é «fácil», sendo uma arte marcial «para o resto da vida», garante o “sifu”, pois «há sempre algo a ensinar e a aprender».

As portas estão abertas para praticantes de todas as idades: «Nas crianças é um pouco diferente, trabalhamos mais a concentração e aprendem com jogos e meditação», sublinha Diogo Henriques, que convida todos a experimentarem «sem qualquer custo». Uma das alunas é Marta Inácio, que regressa à secundária onde estudou: «Faço 60 quilómetros para estar aqui», conta a praticante, que vem da Covilhã. «Comecei há três anos e venho desde que abriu a escola», declara, salvaguardando que «a modalidade não é muito conhecida, talvez com outro nome as coisas fossem diferentes». Para ilustrar esta arte marcial, a praticante recorda os famosos filmes de kung fu: «É uma mistura entre o kung fu e a defesa pessoal, mas tem muito treino mental também», evidencia.

Já Vasco Jesus, que reside na Guarda, pratica kempo desde novembro: «Tem sido uma experiência excelente e aconselho às pessoas, pois é fácil de aprender», considera, salientando que «na tropa e nas forças de segurança já tínhamos defesa pessoal, o que me levou a pesquisar e vir». Na Covilhã, as aulas têm lugar no pavilhão da Escola Profissional de Artes às terças e quintas-feiras (das 18h30 às 19h30 para crianças e das 19h30 às 21 horas para adultos).

Sara Quelhas As aulas têm lugar na Secundária Afonso de Albuquerque

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