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Junta de S. Martinho poderá ir para tribunal

Impasse continua e sem solução à vista

Não há vias de se resolver o impasse autárquico que se vive na Junta de Freguesia de S. Martinho, na Covilhã, e, segundo soube “O Interior”, Victor Tomás Ferreira deverá recorrer agora para tribunal. Há cinco meses que as três forças partidárias não conseguem chegar a entendimento. Os eleitos do PS e da CDU ainda marcaram uma reunião extraordinária na última segunda-feira para resolver o imbróglio, mas o presidente eleito pelo PSD, Victor Tomás Ferreira, não apareceu.

Facto que levam Marco Gabriel (CDU) e Álvaro Mineiro (PS) a constatar que o autarca «não está interessado» em resolver a situação. «Até Abril, temos que apresentar o Plano e Orçamento para 2006 em Assembleia de Freguesia e as contas de 2005 ainda não foram sequer apresentadas», lamenta Marco Gabriel, criticando o autarca por «deixar arrastar esta situação», quando o PS e a CDU, que obtêm a maioria na Assembleia de Freguesia, estão «disponíveis para trabalhar», aponta. Na sua opinião, «é fácil a Junta sair do impasse e bloqueio», bastando apenas que o presidente aceite trabalhar com uma Junta tripartida, tal como ficou decidido na primeira reunião de instalação dos órgãos de freguesia, a 31 de Outubro, onde Victor Tomás Ferreira os aceitou como vogais. Dias mais tarde disse tratar-se de um acto ilegal, justificando-se com a lei de Janeiro de 2002, segundo a qual é ao presidente da junta que cabe a escolha dos vogais e da mesa da Assembleia.

«Não reconheço nenhum poder jurídico ao presidente da Junta para inviabilizar actos públicos», retorque por sua vez Álvaro Mineiro, acrescentando que se tivesse ganho as eleições «não tinha qualquer problema em trabalhar com um elemento de cada partido». Até porque quando concorreu, foi para «servir a freguesia». Por ora, os elementos do PS e da CDU aguardam apenas pela reunião com a governadora civil, que deverá ocorrer já na próxima semana. Só depois é que saberão o rumo da Junta: ou eleições ou a nomeação de uma comissão administrativa. “O Interior” tentou contactar Victor Tomás Ferreira, mas tal não foi possível, apesar das várias tentativas.

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