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Júlio Sarmento disponível para a Câmara da Guarda

A possível candidatura do novo presidente da Distrital do PSD sai reforçada após vitória surpreendente na concelhia guardense

A conquista da Câmara da Guarda é o próximo desafio do novo líder da Distrital da Guarda do PSD. Eleito no sábado com mais 63 votos que Rui Ventura, Júlio Sarmento dedicou grande parte do seu discurso a esse objetivo e voltou a manifestar-se disponível para o desafio.

«É preciso tirar conclusões dos resultados», começou por afirmar na sede, numa alusão à vitória na secção guardense, que tinha apoiado Rui Ventura, para depois apontar baterias aos socialistas. «Até às autárquicas que se cuide o PS na Guarda. A mudança é absolutamente urgente, pois os socialistas chegam a estas eleições com as finanças do município exauridas», disse o histórico autarca de Trancoso. E acrescentou que «se houvesse o mínimo de ética, eles deveriam abrir mão de uma candidatura porque a Câmara da Guarda está à beira do abismo». Na sua opinião, a autarquia «precisa de uma nova liderança do PSD» e garantiu ter «as soluções para os problemas financeiros» do município, mas sem adiantar quais. O que assumiu é que o Governo vai ter «que se cuidar» caso os sociais-democratas ganhem a Câmara, anunciando que «seremos intransigentes na defesa dos interesses da Guarda».

Júlio Sarmento voltou a insistir na necessidade de um Plano Marshall para a capital do distrito, onde tem «faltado exigência», considerou. «Os meus amigos estão no partido, no Governo só tenho conhecidos», afirmou depois, numa indireta à amizade de Joaquim Valente com o ex-primeiro-ministro José Sócrates. Além disso, declarou que a Guarda «nunca se assumiu como liderante do distrito, o que só o tem prejudicado», lamentando que a capital se deixe «ultrapassar sistematicamente» pela Covilhã, Castelo Branco e Viseu. «Por isso, vamos ganhar a Câmara para o distrito, pois esta demissão sucessiva tem que acabar», sentenciou. Para essa tarefa o vencedor reiterou a sua disponibilidade em concorrer na Guarda, mas também não excluiu «qualquer outra candidatura bem sustentada», desde que resulte de um entendimento com a concelhia e seja liderada por uma personalidade com «qualidade, competência e capacidade de ganhar a sociedade civil».

Até lá, o novo líder da Distrital do PSD promete ouvir as concelhias e os militantes, pois «precisamos de todos nestes próximos dois anos para defender o distrito nesta conjuntura muito difícil». Um caminho que conta fazer com o apoio do secretário-geral, João Prata, uma função que sublinhou ser «fundamental na operacionalidade» do partido. «Iremos muito mais vezes às concelhias e estaremos muito mais próximos dos militantes para mobilizar o partido para um tempo que é novo», afirmou. Conciliador, Júlio Sarmento disse ainda que «o grande vencedor» destas eleições foi o PSD, enquanto Rui Ventura «não foi perdedor». No final, convocou todos os militantes da Guarda a empenharem-se para o PSD ganhar a Câmara e agradeceu-lhes pela vitória na maior secção do distrito. «Ganhar na Guarda por 19 votos de diferença foi muito mais importante e saboroso que vencer em Trancoso por mais de 200», assumiu.

Luis Martins «Se houvesse o mínimo de ética, PS deveria abrir mão de uma candidatura porque a Câmara da Guarda está à beira do abismo», disse Sarmento

Comentários dos nossos leitores
antonio vasco saraiva da silva vascosil@live.com.pt
Comentário:
Este é mais um que vai morrer na praia. Se defendesse os interesses da Guarda, nao estava ao lado do Governo com as portagens das scuts. Cambada de parasitas, o povo não dorme, bem que vou ter de me candidatar como independente para evitar que este partido governe a Câmara. Basta ver aquilo que faz o seu “padrinho” Passos Coelho , é uma vergonha estes políticos de oportunismo.
 
Telmo telmocorreiao@hotmail.com
Comentário:
Boa. Precisamos de si, homem. honesto, trabalhador, comptente e com visão de futuro. Sou socialista e empregado da CMG e votarei em si, pois com estes camaradas e tanta clientela vamos acabar sem salários.
 

Júlio Sarmento disponível para a Câmara da
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