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Júlio Santos anuncia candidatura à Câmara de Celorico

Ex-autarca garante que vai ser candidato independente

Apesar de em Junho de 2007 ter sido condenado a cinco anos e dez meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva para acto lícito, branqueamento de capitais, peculato e abuso de poderes e de ter visto o Tribunal proibi-lo de exercer quaisquer cargos públicos nos próximos cinco anos, Júlio Santos quer voltar à presidência da Câmara de Celorico da Beira. O anúncio foi feito recentemente através do blogue do MAJUSP – Movimento de Apoio Júlio Santos Presidente (http://js2009.blogspot.com/).

Numa “carta de apresentação de candidatura”, o ex-autarca garante que não se candidata «para ajustar contas com ninguém, nem com o passado», mas sim porque lhe pedem «todos os dias que o faça e, porque sei que posso continuar a ser uma mais-valia para a melhoria de vida daqueles que ainda têm esperança e querem continuar a viver na nossa terra». Assegurando que não se vai candidatar por «nenhum partido político», uma vez que vai avançar como independente e apoiado por um Movimento de Cidadãos (MAJUSP), Júlio Santos revela que são três as «principais razões» porque decidiu candidatar-se: «Candidato-me porque quero, e porque ninguém me pode impedir de o fazer. (E também não sou homem de deixar as coisas a meio)!», é a primeira. A segunda tem a ver com o facto do desenvolvimento do concelho ter «estagnado» desde que deixou a presidência da Câmara, cargo que ocupou entre 1993 e 2002. Assim, assegura que «tudo» fará para que Celorico «volte a ser um lugar onde seja apetecível viver, volte a reinar a esperança e os jovens voltem a acreditar no futuro». O terceiro motivo tem a ver com uma «questão de justiça». «Fui sério e honesto quando suspendi e a seguir renunciei ao mandato que me destes para que a justiça funcionasse. E o que é que fez a justiça? Nada mais que uma inadmissível ingerência na política!», reforça.

Na mesma missiva, Júlio Santos explica a estratégia a que recorreu para poder voltar a exercer cargos públicos apesar da sentença do Tribunal dizer o contrário. Assim, «porque as sentenças admitem recursos», recorreu para o Tribunal da Relação de Coimbra, frisando que pode ainda recorrer para o Supremo Tribunal de Justiça e, em última instância, para o Tribunal Constitucional. «E porque a sentença está errada e contém imensas ilegalidades, não tenho dúvidas de que vai ser revogada», salienta.

Ricardo Cordeiro

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