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Júlio Conrado vence Prémio Vergílio Ferreira

Júri destaca qualidade narrativa do romance inédito “Estação Ardente”, escrito sob o pseudónimo de Cândido Amado

O prémio literário Vergílio Ferreira foi atribuído este ano ao romance “Estação Ardente”, de Júlio Conrado. Escrita sob o pseudónimo de Cândido Amado, a obra inédita foi escolhida entre um leque de 38 originais presentes a concurso.

O galardoado nasceu em Olhão, em 1936, é jornalista, escritor, crítico literário, com intensa actividade dispersa por jornais e revistas, como o “Jornal de Notícias”, “O Século”, “A Capital”, “República”, “Vida Mundial”, “Diário Popular” e “Jornal da Costa do Sol”. Júlio Conrado faz parte das principais organizações portuguesas de escritores e tem participado em diversos congressos nacionais e internacionais. O júri destacou a qualidade narrativa do romance, bem como a homenagem que contém a Vergílio Ferreira ao dirigir também cartas a Sandra, título da última obra do escritor natural de Melo. O prémio, no valor de cinco mil euros, e a garantia de edição da obra escolhida serão entregues a 1 de Março de 2007, data em que se assinala o falecimento do escritor. O galardão foi instituído pela Câmara de Gouveia em homenagem ao escritor que nasceu a 28 de Janeiro de 1916. A edição deste ano registou um número recorde de 38 obras inscritas. Criado inicialmente para premiar romances inéditos, o prémio passou a partir de 2000 a distinguir alternadamente um romance e um ensaio literário, dois estilos «que Vergílio Ferreira cultivou», justifica a autarquia. Desde 2002 que inclui na sequência de prémios anuais a categoria não literária de “Estudos Locais de Património, História e Cultura do Concelho de Gouveia”.

O prémio já foi atribuído às obras “Um dia depois do Outro”, de Margarida Marques; “A Reconquista de Olivença”, de Ascêncio de Freitas; “O Claustro do Silêncio”, de Luís Rosa; “Clenardo e o Príncipe”, de Serafim Ferreira e “Maria Gabriela Llansol, Diário de um Real-não-Existente”, de Carlos Rodrigo da Silva Vaz. Sem vencedores ficaram as edições de 2000 e 2002 devido ao reduzido número de obras a concurso e à sua falta de qualidade. O júri da edição deste ano foi constituído por José Correia Tavares (em representação da Associação Portuguesa de Escritores), Cristina Robalo Cordeiro (pela Associação Portuguesa dos Críticos Literários), Silvina Rodrigues Lopes (professora universitária), Liberto Cruz (escritor) e Alípio de Melo (pelo município de Gouveia).

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