Este ano o galo terá direito a um último pedido. A organização da festa carnavalesca espera que o espectáculo atraia à Guarda no próximo dia 15 «milhares de pessoas» e promete «uma surpresa mágica e quase deslumbrante».
A partir das 21h30 de segunda-feira de Carnaval, as ruas da cidade serão o palco do “Julgamento e Morte do Galo do Entrudo”. O evento, cujo orçamento é de 66 mil euros, decorre entre a Alameda de Santo André e a Praça Velha, numa produção da Culturguarda EM para a Câmara. Trata-se de um espectáculo comunitário e de expiação dos males, onde desfilam centenas de participantes oriundos de 19 colectividades do concelho e também actores, músicos e animadores profissionais. Este ano os grupos contratados são a Companhia Kull D’Sac (Valladolid), o Maracaibo Teatro (Alicante), a Trupilariante – Companhia de Teatro-Circo (Lisboa) e a Banda Filarmónica de Vila Nova de Tazem, que apresenta um reportório de marchas fúnebres, apropriado para a ocasião.
Depois do cortejo, o galo será julgado em plena praça. Estão convocados para esta peculiar audiência, o juiz (Agostinho da Silva), um polícia com a aparência semelhante a uma das gárgulas da Sé (Rui Nuno), a advogada de acusação Carolina Beatriz Ângelo (Cristina Fernandes), o advogado de defesa Rui de Pina (Carlos Lopes), a mulher do povo (Isabel Monteiro) e o homem trauliteiro (Albino Bárbara). Os textos são da autoria de Norberto Gonçalves. Depois de julgado, o animal será “assado” na fogueira, libertando o povo de todos os males que aconteceram em 2009. Quanto ao personagem principal, trata-se de uma estrutura de pano e papel com cerca de cinco metros de altura, elaborada pelo artista plástico guardense Daniel Martins. A voz do galináceo será do jornalista Joaquim Martins e a narração está a cargo de Américo Rodrigues, também coordenador geral do espectáculo.
No final, tal como no ano passado, o público será convidado a saborear uma canja de galo. «É um espectáculo de promoção da cidade, que une a vertente recreativa e cultural, à dinamização turística da Guarda», considera o director do TMG. Quanto à novidade deste ano – o último pedido concedido, Américo Rodrigues adianta que se trata de «uma surpresa deslumbrante e quase mágica». Na conferência de imprensa de apresentação do evento, Joaquim Valente também salientou a importância do espectáculo. «Ano após ano, vem-se afirmando como uma referência, enquadrada na data do Carnaval, mas fundamentalmente como um evento que tem sido congregador de muita gente», destacou o edil.
