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JS orgulha-se do Governo

Pedro Nuno Santos foi reeleito na liderança da “Jota” com 77 por cento dos votos no Congresso da Guarda

José Sócrates pediu, domingo, o empenho da Juventude Socialista (JS) na defesa de uma «agenda de modernização de Portugal» que o actual Governo tem em curso. «São reformas para o futuro do país e para esta geração em concreto», disse o secretário-geral do PS e primeiro-ministro na sessão de encerramento do XV Congresso daquela estrutura partidária, realizado durante o fim-de-semana na Guarda.

Um apoio reiterado por Pedro Nuno Santos, reconduzido na liderança da “Jota” com 77 por cento dos votos. João Tiago Henriques, o seu adversário neste conciliábulo, obteve apenas 20 por cento, num universo de 487 votantes dos 509 delegados credenciados. «Temos um orgulho enorme no Executivo e no primeiro-ministro», começou por dizer o presidente reeleito, para quem «o Governo do PS colocou finalmente Portugal no trilho do desenvolvimento económico e deu confiança aos portugueses». E isto «governando bem à esquerda», realçou. Nesse sentido, Pedro Nuno Santos destacou medidas como o ensino obrigatório do inglês no primeiro ciclo, as refeições em todas as escolas ou a reforma da Segurança Social. «Isto é que são políticas de esquerda, assentes na igualdade de oportunidades e de justiça social», sublinhou, sem esquecer o controlo das finanças públicas, também ele feito «à esquerda», pois «não põe em causa as funções sociais do Estado nem os serviços públicos». O jovem dirigente lembrou ainda as dificuldades que a sua geração enfrenta, como o acesso à habitação ou o primeiro emprego, para manifestar confiança no que tem sido feito.

Contudo, o presidente da JS exigiu o cumprimento da lei quanto à precaridade do emprego jovem: «Somos contra o recurso abusivo aos falsos recibos verdes e os estágios não remunerados. Esta é uma batalha da JS», avisou, constatando que, por essas e por outras, a juventude portuguesa vai «adiando as suas vidas». Outra luta assumida é o fim do aborto clandestino em Portugal, pelo que desafiou os jovens socialistas «a correrem para a vitória do ‘Sim’ no referendo». Em contrapartida, reclamou espaço no seio do PS, argumentando que esta é a geração de jovens «mais bem preparada para assumir o debate político no partido». Sobre isso, José Sócrates nada disse, sublinhando antes que «o secretário-geral sente que o PS está unido e empenhado em promover um agenda de reformas para Portugal». Um facto da maior importância para um partido que venceu as últimas legislativas com maioria absoluta, a primeira da história do PS. Por isso, «temos que estar à altura dessa responsabilidade e confiança depositada em nós, porque fomos eleitos para dar a Portugal um futuro melhor», lembrou.

O que vai fazer-se com base em valores como «a justiça, o interesse geral e a visão de futuro», que estão por detrás de iniciativas como o choque tecnológico, a qualificação dos portugueses e a reforma da Segurança Social. Esta última mereceu especial ênfase: «Trata-se de defender o sistema público e garantir a todos a reforma a que têm direito. É a justiça entre gerações, pois foi em nome dos jovens que introduzimos esta reforma», afirmou o secretário-geral do PS.

Luis Martins

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