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Jovens testaram vocações em Pinhel

Escola Secundária organizou a Feira de Orientação e das Ciências com mais espaço nas antigas instalações da Rohde

As antigas instalações da fábrica de calçado Rohde, em Pinhel, foram o palco da IIª Feira de Orientação Escolar e Profissional e da Vª Feira das Ciências, na passada quinta e sexta-feira. Organizadas pela Secundária com 3º ciclo da “cidade-falcão”, com o apoio do município e da empresa municipal pinhelenses, os certames apresentaram um número de visitas contrastante. Se na primeira era esperado um maior número de curiosos, na segunda essa expectativa foi superada.

Constituída por 24 stands, a Feira de Orientação contou com a participação de universidades e politécnicos, escolas profissionais e de vários ramos das Forças Armadas. O objectivo era demonstrar que «hoje em dia, a oferta formativa é muito diversificada», disse Ana Cariano, psicóloga do Serviço de Psicologia e Orientação da escola organizadora. «Não se pode apostar apenas na parte mais académica, pois sabemos que isso também pode levar ao desemprego», acrescentou a técnica. A troca de informações, além do contacto directo, foi feita através de projecções vídeos sobre actividades e instalações, mas também pela entrega de CD’s interactivos. No entanto, Ana Cariano queixou-se da falta de adesão das escolas limítrofes. «Divulgámos a iniciativa em todas as escolas do distrito, mas muitas nem responderam», lamentou. Mais sucesso teve a Feira das Ciências, logo ali ao lado, onde não havia “mãos a medir” para acolher tantos curiosos. Crianças, adolescentes e até adultos procuravam aprender jogos e perceber experiências em áreas como a geografia, física e química, ciências da Natureza e matemática.

Pinto Nascimento, coordenador do projecto “Ciência Viva” da secundária pinhelense, estava bastante agradado com o êxito. «O número de visitantes excedeu as nossas expectativas, estávamos à espera de 600 a 700 alunos, mas já devemos ter ultrapassado o milhar de visitas», adiantou ao final da manhã de sexta-feira. Apesar dos portugueses serem, por tradição, pouco adeptos das áreas científicas, a afluência ao evento parece ter provado o contrário. E o objectivo de «divulgar o gosto pelas ciências experimentais, cativar os alunos e mostrar-lhes que não se trata de assuntos difíceis, já que toda a gente os pode investigar» terá sido cumprido, acredita o coordenador. Tanto assim que, brevemente, o conselho executivo da escola vai premiar as melhores experiências ali realizadas, de acordo com a avaliação de um júri especializado e da votação de cada visitante desta edição. Rui Barbosa, presidente do conselho executivo, mostrou-se satisfeito com os eventos. «Tivemos mais stands, pois este espaço permitiu uma logística mais ampla do que a edição anterior, realizada nas instalações da Secundária», recordou, lamentando a ausência da UBI: «Foi pena não terem participado, pois pertencem à nossa região da Beira Interior», afirmou.

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