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JOVENS NA POLÍTICA

João Andrade dá o seu testemunho sobre as duas campanhas eleitorais que acompanhou em Setembro – Outubro

Em alturas de campanhas eleitorais deparamo-nos com as nossas ruas cheias de propaganda política, ligamos a televisão e vemos pavilhões cheios para os comícios, ouvimos os ditos políticos a discursar mas muitas vezes não atentamos em certos pormenores nem nos questionamos a nós mesmos daquilo que está por trás de tudo isto.

Participei nestas últimas eleições autárquicas numa verdadeira aventura que me ajudou a compreender melhor o funcionamento de toda uma máquina partidária nestas alturas. Desde pequeno, não é que já não o seja, sempre me interessei por política mas foi esta a minha primeira vez dentro de uma organização deste tipo, nomeadamente a Juventude Socialista (JS).

A minha participação nesta iniciativa deveu-se a razões bastante simples. Na minha opinião os jovens devem começar a ter um papel activo na sociedade, interessando-se e preocupando-se mais com o seu futuro. A preocupação no que diz respeito ao futuro da terra que habito e que quero continuar a habitar, o facto de acreditar num projecto que acho ser o melhor, aliado aos ideais que defendo, levaram-me a entrar nesta verdadeira aventura.

No entanto, qual é a função destas organizações juvenis ligadas aos partidos políticos, normalmente com assento parlamentar, como a JS, JSD, JCP, JP entre outras? No meu caso, participei em todo o tipo de trabalhos, desde a colocação de outdoors, distribuição de material de campanha, organização de actividades para os jovens, montagem de cenários atrás do púlpito…

No entanto, a função destas organizações não passa só por serem o “staff” da campanha, é muito mais que isso. Por sermos jovens, temos obrigação de conhecer muito melhor os nossos problemas, daí darmos o nosso contributo para a elaboração de políticas destinadas a nós (jovens) e ao nosso futuro, assim como para a resolução dos nossos problemas. Devem estas organizações, no meu entender, defender os interesses dos jovens sem nunca esquecer a ideologia do partido a que se associam, como é óbvio.

Estas organizações devem ser uma espécie de porta principal para os jovens que queiram ingressar na carreira política, onde estes possam escolher de acordo com a ideologia que defendem e contribuir assim para a renovação da política portuguesa e enriquecimento da nossa Democracia.

Há 35 anos deram aos Portugueses a possibilidade de escolherem quem queriam para os governar, permitiram que cada um se enquadrasse num ideal e o defendesse, permitiram que hoje mesmo eu elaborasse este texto, então porque não começarmos a olhar para o futuro e sermos mais activos na nossa política? Pode esta geração deixar que decidam por eles? Poderá a juventude alhear-se do futuro?

João Andrade (12º D)

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