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José Mendes reeleito no Sporting da Covilhã

Na eleição mais participada da história do clube, o vencedor assumiu o objectivo de subir à Primeira Liga e de manter o controlo financeiro

José Mendes sucedeu a… José Mendes na presidência do Sporting da Covilhã. Naquelas que foram as eleições mais participadas da história do clube, na passada sexta-feira, a lista A obteve 57 por cento dos votos (621), contra 453 da lista B, liderada por Jorge Gaiolas. Houve ainda quatro votos nulos e nove brancos.

«Chegar ao topo do futebol nacional, sem descurar o aspecto financeiro», foi a principal mensagem deixada por José Mendes na conferência de imprensa que marcou o início do seu terceiro mandato consecutivo à frente do Sporting da Covilhã. Visivelmente emocionado, o presidente reeleito para os próximos três anos começou por destacar a participação dos associados, já que votaram 1.087 sócios, num universo de 2.216 votantes. «Saiu vencedor o Sporting Clube da Covilhã», disse, lembrando que prometeu a subida de divisão, mas só «quando tivermos os pés assentes no chão e condições para isso». E garantiu que «com este presidente, o Sporting da Covilhã vai ser sempre um clube ambicioso». Nesse sentido, assumiu que está «preparado para trabalhar o dobro» e sublinhou que a nova direcção vai continuar «a caminhada com trabalho e grande empenhamento, para que os objectivos anunciados sejam atingidos».

Depois de alguns meses conturbados, devido sobretudo à tensão entre Jorge Mendes e António Lopes, presidente cessante da Assembleia-Geral – que apoiou o candidato derrotado –, o vencedor da noite fez questão de sublinhar que «o clube não tem que ficar “partido”. Os sócios continuam a ser o seu património, pelo que conto com todos porque todos fazem parte do Sporting da Covilhã», disse. Por sua vez, Jorge Gaiolas também destacou «a forma massiva» com que os sócios participaram nas eleições, considerando ter ficado demonstrado que «este é, sem sombra de dúvidas, o maior emblema da Beira Interior». O candidato derrotado manifestou-se «disponível» para ajudar os vencedores no futuro, mas deixou o aviso: «Seremos acutilantes e supervisores de toda a acção a desempenhar por esta direcção», declarou, esperando que a direcção de Jorge Mendes cumpra «as promessas, estabilize o clube e vá à Primeira Liga, como foi prometido».

Além de José Mendes, foram eleitos os vice-presidentes João Carlos Campos, António José Prata, Manuel Saraiva, Mário Caetano e Vítor Fazendeiro. Mantém-se como tesoureiro João Serra Duarte, enquanto o secretário-geral será Jerónimo Nave. O empresário Luís Veiga foi eleito para a Assembleia-Geral e Carlos Mineiro para o Conselho Fiscal.

A tomada de posse dos novos órgãos sociais, eleitos para o triénio 2010/2013, estava agendada para ontem, revelou na sexta-feira o presidente da Assembleia-Geral cessante, António Lopes.

«A actual direcção não é o melhor projecto para o clube»

O presidente cessante da Assembleia-Geral, cargo a que concorria novamente na lista de Jorge Gaiolas, teceu algumas críticas à direcção comandada por José Mendes. «Não é o melhor projecto para o clube, mas sou um homem democrático e aceito o que os sócios decidiram nas urnas», disse António Lopes.

No entanto, o empresário acrescentou que, «depois desta votação, os sócios não querem que apoie financeiramente o clube. E eu não estou disponível para o fazer com esta direcção». Após ter posto em causa o trabalho de José Mendes, convocando uma Assembleia-Geral para destituir os órgãos sociais – acção que os sócios não aceitaram – e de ter convocado eleições antecipadas, na sexta-feira à noite António Lopes assegurou: «Não me arrependo minimamente das atitudes que tomei, que só foram reforçadas nestas últimas semanas de campanha», declarou.

Rafael Mangana Luís Veiga, novo presidente da Assembleia-Geral, foi outro vencedor da noite

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