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José Mendes deve continuar no Sporting da Covilhã

Atual presidente admite prosseguir caso não encontre uma «pessoa séria» que o substitua no cargo

«Primeiro vou tentar arranjar alguém sério que me substitua. Se não conseguir eu continuo», afirmou o presidente do Sporting da Covilhã, que garante que o clube não vai cair em vazio diretivo nem ser gerido por uma comissão administrativa. Numa Assembleia-Geral (AG) eleitoral em que não surgiram listas e após dizer aos cerca de 50 sócios presentes que não estavam reunidas as condições para continuar, José Mendes admitiu continuar no cargo que ocupa desde setembro de 2004. A reunião de associados foi assim suspensa, sendo retomada a 2 de abril.

No decorrer dos trabalhos, o dirigente considerou ser uma «autêntica vergonha, num clube com três mil pessoas, não haver [na AG] gente que tem muita responsabilidade nesta cidade e que, na hora da verdade, nem sequer aparece». «É pena que os inteligentes da cidade, os papagaios que tanto criticam e destroem, não tenham cá vindo», prosseguiu o responsável. Mendes garantiu estar «cansado» e que «tanto mal» lhe fizeram que não estava «disponível para continuar», assumindo depois que o clube só deve «porque alguém nos ficou a dever». «A minha maior tristeza é que até às eleições [para o clube] as coisas correram sempre bem. Só não somos sérios porque alguém que assumiu compromissos com o clube não os cumpriu», declarou José Mendes, sustentando que o Covilhã «precisa que cumpram o que foi protocolado». Nesse sentido, sublinhou estar «desgostoso» e «farto disto, mas não do clube e dos sócios», recordando que sempre disse que «sem o apoio da Câmara, o clube não consegue andar nos campeonatos profissionais».

O dirigente revelou que a autarquia aprovou 50 mil euros para esta época, «um terço do que gastamos com as camadas jovens e já recebemos 36 mil», o que, em seu entender, é «uma gota no oceano». Foi já no final da sua intervenção que José Mendes assumiu que vai «tentar encontrar uma solução», garantindo que o clube «não vai cair no vazio diretivo», tendo solicitado o prolongamento da AG, que ficou agendada para 2 de abril às 20h30. Sublinhou ainda que, se não conseguisse «arranjar uma solução», ele próprio se responsabilizava: «Não há cá comissões de gestão. Vai haver direção», assegurou. Aos jornalistas, no final dos trabalhos, o presidente do Covilhã esclareceu que era «ouro sobre azul» se encontrasse uma solução que não passasse por ele na direção do clube. E perante a insistência dos jornalistas assumiu que continuará na presidência «se não conseguir arranjar ninguém», revelando que, nesse caso, vai «rejuvenescer a direção» para lhe «dar mais ânimo e continuar a trabalhar como quando cá cheguei».

Quanto à relação com o município da Covilhã, José Mendes esclareceu que «é sabido que sempre tive grande apreço pela Câmara enquanto os protocolos foram assinados e cumpridos. A partir das eleições, essas coisas não aconteceram». Contudo, o presidente advertiu para «não fazerem uma guerra entre o Sporting e a Câmara, até porque vem aí gente nova», tanto na autarquia como no clube. De resto, o dirigente sustentou que «o mais importante é ajudar o Sporting da Covilhã porque esse é um dever das instituições, sócios, direção que entrar e de toda a gente».

Ricardo Cordeiro José Mendes lamentou que «os papagaios que tanto criticam e destroem»  não tivessem ido à última Assembleia-Geral

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