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José Gomes começou a ser julgado em Coimbra

Ex-director de Estradas está acusado de mais de uma dezena de crimes cometidos no exercício das suas funções

José Gomes, antigo director das Estradas de Coimbra, assumiu na segunda-feira, em tribunal, ter cometido algumas irregularidades procedimentais, mas rejeitou ter lesado o Estado e cometido os crimes que lhe são imputados.

José Gomes está a ser julgado em Coimbra pela alegada prática de mais de uma dezena de crimes no exercício de funções, entre os quais peculato, falsificação de documentos, participação económica em negócio, abuso de poder, prevaricação e violação de segredo por funcionário. O antigo vereador na Câmara da Guarda e director de Estradas deste distrito ocupou as mesmas funções em Coimbra entre 2003 e 2008. No processo estão ainda constituídos arguidos um empresário e um delegado de propaganda médica, considerados beneficiários activos da acção daquele responsável. O primeiro, nomeado coordenador do Centro de Limpeza de Neve, ter-se-á feito alegadamente passar – e assim figurar nos documentos de remuneração – por engenheiro topógrafo quando nem o bacharelato possuía. Já o segundo terá beneficiado do «perdão» de 20 mil euros.

O caso teve origem numa denúncia feita, em 2007, por carta anónima. A missiva alegava que, em 2002, quando estava à frente da Direcção de Estradas da Guarda, José Gomes terá contratado um amigo para coordenar o Centro de Limpeza de Neve que não reunia as habilitações para o cargo. Outro caso imputado ao engenheiro diz respeito ao licenciamento do muro de um amigo, construído em zona de estrada, mediante o pagamento apenas das taxas (172 euros), dispensando a indemnização de mais de 20 mil euros a que a Direcção de Estradas de Coimbra tinha direito. Por isso, João Quatorze é outro dos arguidos indiciados pelo Ministério Público.

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