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José Borges lidera Condomínio Comercial

Acto eleitoral para organismo que vai operar no centro histórico da Guarda contou com apenas 15 votantes

Apenas 15 comerciantes votaram na última segunda-feira na eleição de José Borges para o cargo de presidente do Condomínio Comercial da Zona Histórica da Guarda. As primeiras medidas a adoptar pelo organismo, dependente da Associação Comercial da Guarda (ACG), só serão tomadas em 2006, uma vez que a proximidade do Natal já não permite a realização de qualquer acção.

Apesar da reduzida afluência de votantes, o proprietário de uma loja no centro histórico não se deixa abater, até porque já está habituado a este panorama: «É a continuação do pouco interesse que alguns comerciantes, nossos colegas desta zona, têm pelos nossos problemas. Já é normal aparecerem sempre os mesmos 15 ou 20, no máximo, em reuniões que costumamos fazer», garante. Por outro lado, o facto de ter havido apenas uma lista concorrente, «que, à partida, está ganha», também terá, de certo, afastado alguns comerciantes de manifestarem a sua intenção de voto. No entanto, sustenta que a fraca afluência às urnas – 15 votantes dos cerca de 100 inscritos no caderno eleitoral – não influenciará a tarefa do Condomínio Comercial, porque «se estivéssemos a pensar nisso nem nos tínhamos candidatado». De resto, assim que o Condomínio começar a trabalhar, José Borges acredita que vai passar a haver um «maior interesse das pessoas em colaborar e saber o que se está a fazer». Dada a proximidade do Natal, o presidente eleito desta entidade recém-criada diz que é «tarefa impossível» fazer qualquer coisa a pensar na época natalícia. Em relação às primeiras medidas a tomar, realiza-se esta semana uma reunião de direcção para «delinear algumas metas a atingir e alguns programas para fazermos», adianta.

Outro dos primeiros passos a dar é reunirem com a Câmara da Guarda e o Polis. Uma das principais apostas que o comerciante quer levar a cabo durante o seu mandato de três anos é «tentar revitalizar, de novo, a Praça Velha, que já foi o centro da Guarda e que agora deixou de o ser por causa das obras e não só», acusa. Nesse sentido, «o mais importante é dinamizar os comerciantes, juntarmo-nos todos e termos interesses comum por esta zona», defende. Já a nível de promoção, quando acabarem as obras, «teremos de arranjar alguma maneira, algum evento, que traga de novo as pessoas à Praça Velha para retomarem as compras nesta zona de comércio da cidade», espera. Aliás, as obras na Praça Luís de Camões continuam a ser uma «”dor de cabeça”» para os comerciantes, pois estão «bastante atrasadas» e a sua conclusão parece ainda estar longe. «Estava previsto ficarem concluídas em 180 dias, mas já vamos nalguns 500 e, para mim, antes da Páscoa não vão ficar prontas», receia. O Condomínio Comercial da Zona Histórica da Guarda não possui autonomia financeira ou decisória, pelo que deverá apresentar os seus projectos e iniciativas directamente à direcção da ACG, cabendo à Comercial a sua orçamentação.

Ricardo Cordeiro

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