Ainda não sabe se irá ter adversários nas eleições agendadas para 5 de setembro, mas José Albano Marques diz já ter o apoio dos sete presidentes de Câmara socialistas do distrito da Guarda e da maioria das concelhias do partido. O atual presidente da Federação Distrital do PS da Guarda promoveu na última sexta-feira uma conferência de imprensa de apresentação da sua recandidatura, que tem como lema “Guarda Maior, Consolidar o Futuro”.
O candidato quer dar continuidade ao projeto iniciado em 2008 e sublinhou que o «objetivo principal do PS» de «retirar a maioria das Câmaras do distrito ao PSD» foi «conseguido». José Albano considera que «hoje, o PS está mais unido e mais forte no distrito» e que «mais do que nunca tem uma capacidade de mobilização», frisando que o partido tem a «responsabilidade de ter a gestão de sete Câmaras e de termos tirado a maioria ao PSD, mas não queremos ficar por aqui», pois «queremos ganhar mais Câmaras já em 2017». O dirigente realçou que «temos desafios muito importantes pela frente» e também deseja a vitória do PS nas eleições legislativas do próximo ano para o partido «recuperar o deputado perdido» nas anteriores. «Já ficaria contente por voltar a passar a ter dois deputados», mas não esconde que andará «no terreno para fazer o melhor resultado possível», embora sem falar em inverter o cenário e passar o PS a ter três deputados contra um do PSD. De resto, «haja ou não haja adversário queremos esclarecer todas as dúvidas dos militantes», tendo por isso iniciado no passado domingo um percurso «em que nenhum concelho do distrito ficará de fora para «esclarecer todas as dúvidas de militantes e simpatizantes». Ao contrário do que sucede no distrito, o dirigente admite que, a nível nacional, o PS vive «momentos complicados e passa por uma crise que nenhum de nós queria», assegurando que «como presidente da Federação» será «sempre solidário com os meus líderes». José Albano Marques disse contar com o apoio dos sete presidentes de Câmara do distrito eleitos pelo PS, da maioria dos presidentes das concelhias, de muitos coordenadores da JS e da estrutura das Mulheres Socialistas, esperando «vir a merecer a confiança de todos os militantes do distrito».
Questionado pelos jornalistas se conta com o apoio de João Pedro Borges, presidente da concelhia do PS da Guarda, o candidato optou por dizer que «cada concelhia tem o seu timing» e que aquela estrutura tem «problemas para resolver» decorrentes da perda da Câmara da capital de distrito. O presidente da Federação do PS considera que a autarquia da Guarda não mudou de cor «por mérito do PSD nem de Álvaro Amaro» mas devido às divisões internas na concelhia do PS, que permitiram «entregar de mão beijada a Câmara ao PSD». Deste modo, o dirigente antevê uma «preparação dura para 2017», reconhecendo que a derrota na Guarda «perturbou-nos a todos e queremos recuperá-la o mais rapidamente possível».
José Albano Marques tem como mandatário distrital da sua candidatura o autarca de Seia Carlos Filipe Camelo. Santinho Pacheco, ex-governador civil da Guarda, é o diretor distrital de campanha, e defendeu que «não faz sentido que apareça qualquer outra candidatura» porque «temos um grande líder à frente da Federação».
Ricardo Cordeiro 
