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Jorge Pelicano arrebata Grande Prémio do Cine’Eco

”Pare, Escute e Olhe” do antigo aluno da Escola Superior de Educação da Guarda arrecadou os três principais prémios em Seia

”Pare, Escute e Olhe” de Jorge Pelicano foi o grande vencedor da XVª edição do Festival Internacional de Cinema Ambiente de Seia, Cine’Eco, que terminou no último fim-de-semana.

O documentário do antigo aluno da Escola Superior de Educação da Guarda esteve em grande destaque ao vencer os três principais prémios do certame, o Grande Prémio do Ambiente, atribuído pelo Júri Internacional, o Grande Prémio da Lusofonia e o Prémio Especial da Juventude. O retrato de Trás-os-Montes, uma região esquecida, a defesa de um património único e da centenária Linha do Tua, que fazem parte da identidade transmontana, fez com que o júri deliberasse por unanimidade, salientando «a consciencialização social e política, a questão da macrocefalia e a magnificência do nível técnico». O jovem realizador que é repórter de imagem da SIC salientou que mais importante que os prémios, a missão do filme visa salvar a linha do Tua: «O documentário, por si só, não vai conseguir. Acho que têm que ser todos juntos a lutar para que isso não aconteça, todos temos que reflectir, e quando digo todos, são também aqueles que decidiram fazer aquela barragem e vão fazer submergir aquele património que é a linha do Tua e o vale», salientou. Concluído neste ano, depois de dois anos e meio a trabalhar no terreno, “Pare, escute, olhe” é uma reflexão sobre o despovoamento e a desertificação provocados pelo encerramento progressivo da linha ferroviária do Tua, que liga Bragança a Mirandela. No mesmo dia, o filme de Jorge Pelicano venceu ainda a Competição Portuguesa do Doc Lisboa – Festival Internacional de Cinema Documental de Lisboa, recebendo os prémios Melhor Longa-Metragem e Melhor Montagem, e ainda o Prémio Escolas.

Outra realizadora nacional premiada em Seia foi Rita Saldanha que ganhou o Prémio “Polis” com o filme “Em nome da Terra”. Nas restantes categorias, “Morrer na Abundância” do grego Yougos Avgeropoulos venceu o Prémio Educação Ambiental, “Um Rio Invisível” da brasileira Renata Druck o Prémio “Água”, enquanto que “Viver com Vergonha” de Huaqing Jin (China) arrebatou o Prémio Valorização de Resíduos. Por seu turno, o Prémio “Vida Natural” foi entregue a Otávio Juliano (Brasil) com “A Árvore da Música”, o de Antropologia Ambiental a Toshifumi Matsushita (Bolívia, Japão) com a “A Dádiva da Pachamama” e o Prémio Camacho Costa a Sersar Yacine com “Não é Grave”. Já a categoria de Vídeo Não Profissional foi ganha por Geert Droppers (Holanda) com “Dá-me um abraço”. O Júri Internacional atribuiu ainda prémios especiais a “Arrakis”, de Andrea Di Nardo (Itália), “Nadar Livremente”, de Jennifer Galvin (EUA), e “O Espírito do porco”, de Chico Faganello e Dauro Veras (Brasil). O Júri da Juventude atribuiu também o prémio para o melhor filme de animação, que foi para “Peripheria”, de Barelli Barcel (Suíça). Luís Silva, realizador de Seia, recebeu uma menção honrosa do Júri da Lusofonia pelo documentário “Os Últimos Moínhos”.

Ricardo Cordeiro O vencedor ladeado por Lauro António (ao centro) e Luís Silva que recebeu uma menção honrosa

Comentários dos nossos leitores
Olho de Turista aminhaldeia@sapo.pt
Comentário:
Parabéns ao Jorge Pelicano e ao Luís Silva,ambos com óptimos trabalhos. Tive oportunidade de ver “Os Últimos Moinhos” e está excelente,retratando bem a dura realidade e o abandono dessa arte… Cumprimentos Olho de Turista
 

Jorge Pelicano arrebata Grande Prémio do
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