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Jorge Leão quer «dinamizar» ESTG

Novo director foi eleito entre os seis professores que não se mostraram indisponíveis para assumir o lugar

Jorge Leão é o novo director da Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG) do Instituto Politécnico da Guarda. O docente, que integrou o grupo de seis professores que não se mostraram indisponíveis para a função, foi eleito à segunda volta na Assembleia de Representantes da última sexta-feira, tendo obtido 14 dos 25 votos. Embora não tenha um projecto concreto, o até agora presidente do Conselho Pedagógico pretende «dinamizar» a instituição e fazer aumentar o número de alunos.

Recorde-se que houve duas tentativas para eleger o sucessor de Constantino Rei sem que tivesse surgido qualquer candidato interessado. Os outros professores que não mostraram indisponibilidade foram Luís Figueiredo, Furtado Gomes, Figueiredo Ramos, Jorge Trindade e Adérito Alcaso. Depois de ter pedido o fim-de-semana para ponderar sobre a decisão final, Jorge Leão aceitou dirigir a ESTG após Carlos Rodrigues ter aceite o convite formulado para continuar como subdirector da escola. «Recaiu sobre mim a eleição e a partir daí senti-me na obrigação de aceitar», sublinha. O engenheiro considera que dirigir os destinos da ESTG é «um desafio aliciante», isto apesar de não ter «um projecto» definido já que não era candidato, «nem desejava» sê-lo. «Eu gosto é de ser professor. Foi isso que fiz nestes 15 anos na ESTG e não tinha por objectivo ser director», adianta, acrescentando ter algumas «ideias» para tentar concretizar e que vão no sentido de «dinamizar» a escola e «fazer com que exista mais vontade de participar em toda a sua actividade», indica. Para Jorge Leão, os «desafios» que se colocam a breve prazo passam por «continuar a estabilidade e promover o crescimento» que julga ser necessário ao futuro daquela unidade orgânica do IPG.

Neste sentido, é sua ambição fazer com que haja «algum crescimento» do número de alunos, embora «não se possa esperar» que voltem a atingir-se «os níveis de há uns anos atrás, porque a oferta também é maior», constata. «O número de alunos e de candidatos tem vindo a diminuir, portanto não podemos esperar que passe a ser uma escola de massas», salienta. O director eleito da ESTG não considera que o período de tempo que decorreu desde que Constantino Rei apresentou a sua demissão, em Fevereiro, tenha sido «prejudicial» para a instituição, isto porque o subdirector «desempenhou muito bem as suas tarefas», considera. Aliás, para Jorge Leão, Carlos Rodrigues desempenhará um papel muito importante na direcção da escola: «As minhas tomadas de posição serão sempre em conjunto com o subdirector. Disso é que não prescindo. Se ele se opuser ou não gostar, discutiremos entre os dois, mas haverá sempre uma posição de consenso. É a direcção, não é o director e o subdirector», reforça.

Desta forma, e contrariamente ao que João Raimundo, antigo presidente do IPG afirmou a “O Interior” na edição anterior, os dois membros da direcção saem «muito reforçados e com toda a legitimidade» deste processo de eleição. Contudo, não é um dado adquirido que o mandato de três anos seja cumprido até ao fim. «Ficarei até julgar que estou a dar um bom contributo para a escola. Quando achar que há pessoas ou projectos melhores, tanto eu como o subdirector colocaremos o nosso lugar à disposição», sublinha. Quanto às divergências que Constantino Rei mantinha com Jorge Mendes, presidente do IPG, e que motivaram a sua demissão, o seu sucessor sublinha que não toma «partido» por qualquer uma das partes. Apenas considera que essa incompatibilidade foi «uma pena», porque Constantino Rei estava a fazer «um bom trabalho», isto sem querer dizer que tenha sido o «culpado ou a vítima» da ruptura que houve. Pela sua parte, o novo director da ESTG garante que não tem «qualquer problema» com Jorge Mendes, «nem com quem quer que seja», embora avise desde já que «há determinadas ideias que não serão consensuais».

Ricardo Cordeiro

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