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Jorge Fael candidata-se porque a CDU «faz falta na Covilhã»

Objectivo é eleger o maior número de eleitos para os órgãos autárquicos

“A CDU faz falta na Covilhã”. É com este lema que Jorge Fael, cabeça de lista à presidência da autarquia pela Coligação Democrática Unitária, parte para as eleições de 9 de Outubro.

O candidato foi apresentado na sexta-feira à noite durante um jantar que contou com a presença de Jerónimo de Sousa, secretário-geral do PCP, e no qual foi ainda apresentado Carlos Gil à presidência da Assembleia Municipal da Covilhã. O sociólogo de 35 anos, membro da Direcção da Organização Regional de Castelo Branco do PCP e da concelhia covilhanense, quer bater-se por «causas e projectos» em que a CDU acredita, tal como tem sido demonstrado pelos seus eleitos nos órgãos autárquicos. Daí que o objectivo fundamental seja eleger o maior número de representantes na autarquia, Assembleia Municipal e freguesias, partindo, desde já, com a confiança de voltar a conquistar a Junta da Boidobra, cuja lista é novamente liderada por José Pinto. «A experiência dos últimos quatro anos provou que a Covilhã precisa da participação da CDU», justificou Fael, ao relembrar que foram, em muitos casos, os únicos a «erguer a voz» contra os «negócios» efectuados pela maioria social-democrata na Câmara. E apesar de ir enfrentar «adversários poderosos, com meios financeiros inigualáveis», o candidato comunista mostra-se disponível para trabalhar com «afinco» nestas eleições.

Até porque a CDU tem «projecto e é uma alternativa», salienta, apregoando a necessidade de «contrariar o actual paradigma de gestão de direita», segundo o qual a cidade é uma «mercadoria». Pelo contrário, garante que irá bater-se pelo cumprimento dos instrumentos de planeamento e ordenamento, pela construção de uma identidade urbanística, económica e cultural, por políticas sociais e justas, assim como pela requalificação dos centros históricos do concelho. «Impedir a politica financeira irresponsável» do crescente endividamento é outra das prioridades de Jorge Fael, que criticou os elevados impostos municipais, o «brutal aumento» da factura da água, das rendas de habitação social e das comparticipações das famílias no pré-escolar. Já o actual executivo camarário foi acusado de «exercício autoritário e centralista do poder municipal». Para o candidato, a CDU é necessária para valorizar os serviços públicos e «não os entregar a privados», criticando claramente a cedência do saneamento em alta à empresa “Águas da Serra”.

O desenvolvimento de políticas específicas para os jovens, estimulando a criatividade e a inovação, é outra das suas bandeiras. Carlos Gil, de 49 anos e técnico superior no Ministério da Educação, é o cabeça de lista à Assembleia Municipal, sendo que os restantes elementos da equipa apenas serão conhecidos no final deste mês. Apoiando Fael, Jerónimo de Sousa afirmou estar «confiante» nos bons resultados que a CDU irá alcançar nestas autárquicas. Isto porque a coligação tem um projecto «distinto» de qualquer outra força política e «atento à população trabalhadora», destacou. Além das várias criticas ao Governo pelas recentes medidas – como o aumento do IVA –, o secretário-geral do PCP acusou ainda a maioria social-democrática na Câmara da Covilhã de gerir a autarquia de forma «arbitrária, sectária e autoritária».

Liliana Correia

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