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Joaquim Valente quer Guarda como a principal “porta” para a Europa

Programa eleitoral do candidato do PS aposta no desenvolvimento económico e na posição geoestratégica da cidade

“Palavra de Honra” é o título do programa eleitoral de Joaquim Valente, candidato do PS à Câmara da Guarda. As linhas gerais do documento foram divulgadas no último domingo, numa mega-sessão realizada no grande auditório do Teatro Municipal, durante a qual foram re-apresentados os candidatos às Juntas de Freguesia e divulgada a lista à Assembleia Municipal. «Este é nosso compromisso para dar um novo impulso», sublinhou o cabeça de lista, que aposta no desenvolvimento económico e na posição geoestratégica da Guarda para reforçar a atractibilidade de uma cidade «estrategicamente» localizada nos cruzamentos da A23 e A25, bem como das linhas ferroviárias da Beira Alta e Beira Baixa.

«Vamos “vender” a Guarda como a principal “porta” para a Europa», disse, apostando sobretudo na instalação de empresas inovadoras, de mão de obra qualificada e de exportação. Nesse sentido, o candidato aposta no Conselho Municipal para o Desenvolvimento, Investimento e Qualificação de Recursos a que caberá promover a imagem de uma cidade «atractiva e preparada para os grandes desafios» dos próximos tempos. Joaquim Valente quer igualmente desenvolver dois eixos que considera estratégicos para o futuro. O do conhecimento, ligando Coimbra, Aveiro, Guarda e Salamanca. E o económico, entre Porto, Aveiro, Guarda, Salamanca e Madrid. Mas promete não esquecer as PME’s, «sobretudo nas aldeias», onde podem contribuir para a fixação de populações e criar riqueza. O engenheiro também não abdica do ensino profissional na Guarda, bem como da conclusão da «totalidade» da intervenção Polis. «A administração central vai ter que realizar o que foi programado», insistiu, anunciando que o próximo PDM não irá fazer-se «contra os cidadãos e limitar a construção nas freguesias». Já em relação às Festas da Cidade, que não se realizam há cinco anos, Joaquim Valente considerou o seu regresso uma «obrigação» e logo na nova Praça Velha.

Em termos urbanísticos, o candidato socialista quer valorizar um eixo entre o Torreão e a Alameda de Sto. André, «para trazer os guardenses para a rua». Por outro lado, promete criar dois centros comunitário e social para apoiar os idosos e os mais carenciados. Finalmente, desvendou a ponta de um investimento para a Quinta da Maúnça, onde tenciona localizar uma unidade de turismo sénior. «É uma iniciativa estrangeira e de qualidade», garante, reclamando igualmente a abertura da famosa “Estrada Verde”, entre a Guarda e o maciço central da Serra da Estrela, com o argumento de que é necessária uma «via nova para o turismo ambiental e de excelência». Joaquim Valente não fez uma única referência aos adversários, tarefa de que se incumbiu Álvaro Guerreiro. O actual presidente da Câmara falou do poder local, mas o que ficou na memória da assistência foram as críticas a Ana Manso. «Com o PS, estamos perante a verdadeira equipa, em que há união, coesão e interacção. Outras são um mero somatório de nomes, em que os “lugares-tenentes” esperam que o “comandante” tropece», sustentou. O lema da candidatura do PSD, “Amor à Guarda”, também não escapou: «Aquela afirmação está ali mal empregue, porque, pelo que se tem dito sistematicamente nos últimos quatro anos, mais parece desamor», concluiu.

Luis Martins

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