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Joaquim Ricardo demite-se de vereador a tempo inteiro

Único eleito do MPT tinha sido convidado pelo presidente António Robalo, mas sai em rota de colisão com a maioria social-democrata

Depois de ter saído do Conselho de Administração da empresa municipal Sabugal+, Joaquim Ricardo demitiu-se, na semana passada, do cargo de vereador a tempo inteiro na autarquia em rota de colisão com a maioria social-democrata e António Robalo.

Em comunicado, o eleito do MPT justifica a decisão com o facto do presidente do município não ter cumprido as condições acertadas há sete meses. «A minha aceitação dependeu, nomeadamente, das funções que me seriam atribuídas e da minha contribuição como membro de uma equipa cujo objetivo era o desenvolvimento do Sabugal. Pura ilusão! A equipa nunca existiu», lamenta Joaquim Ricardo, que continua no executivo enquanto eleito da oposição. O único vereador do MPT acredita que «alguns devem ter pensado que “compravam” o meu voto em troca de um lugar», pelo que não teve outra alternativa senão demitir-se perante um executivo «sem estratégia, sem condições, sem equipa e sem rumo». Lembrando que representa «20 por cento dos eleitores do Sabugal», Joaquim Ricardo promete continuar «a propor e a defender as políticas e os projetos que promovam o desenvolvimento» do concelho. António Robalo escusou-se a comentar a decisão do vereador. A Câmara do Sabugal está a ser governada por uma maioria relativa do PSD, o partido mais votado nas últimas autárquicas, que tem os mesmos três vereadores que os socialistas. Neste cenário, Joaquim Ricardo tem sido o fiel da balança.

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