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João Petrucci afasta recandidatura «quase» por completo

O ainda presidente do Sporting da Covilhã explica hoje aos sócios as razões para não continuar

Depois de não ter surgido nenhuma lista interessada em assumir os órgãos sociais do Sporting Clube da Covilhã, o ainda presidente João Manuel Petrucci deu uma conferência de imprensa na passada quarta-feira para reiterar que o futuro da colectividade não deverá passar por si, remetendo mais explicações para hoje à noite na Assembleia Geral de associados.

Uma das hipóteses actualmente em discussão passa por o clube vir a ser orientado por uma comissão de gestão. Petrucci sublinhou que é «urgente aparecer uma solução» na reunião de sócios que vai ter lugar hoje, frisando estar «desgastado» pelo que «a probabilidade é não continuar», indica. O líder do emblema serrano não quer acreditar na hipótese dos “Leões da Serra” caírem num vazio directivo: «Um clube com 81 anos não vai parar de maneira nenhuma. Tenho pena que o Sporting possa cair num vazio, embora não pense que isso vá acontecer. Acho que o clube vai encontrar o seu caminho, mas esse não vai passar, quase de certeza, por mim», assegura. Petrucci entende ser «uma boa altura para dar lugar a outros, com outras ideias e capacidades que eu não tenho», refere. Contudo, o dirigente serrano mostrou-se «surpreendido» com a falta de candidaturas, adiantando que, na Assembleia Geral desta noite, vai explicar «detalhadamente» aos sócios o motivo pelo qual não se recandidatou. Mas diz desde já que existem «motivos fortes». De resto, João Petrucci lamenta a «falta de apoio» que sentiu ao longo do mandato que agora chega ao seu término: «A cidade só aparece nas vitórias, mas também tem que aparecer nas derrotas», critica.

Até porque, «tirando honrosas excepções», registou-se «um abandono total do clube», o que poderá querer dizer que «se calhar, o actual presidente está a mais e está a travar o progresso e o futuro do Sp. Covilhã», receia. Neste sentido, Petrucci recorda o apelo feito em 2003 aos associados e que nunca surtiu o efeito esperado: «Há ano e meio fiz um ultimato aos sócios quando lhes pedi ajuda e nunca a tive», lamenta. Recorde-se que esta é uma altura delicada para o Sporting da Covilhã, que viu João Cavaleiro abandonar o comando o técnico do clube, o mesmo podendo suceder com a grande maioria dos jogadores, uma vez que apenas seis atletas possuem contrato para a próxima temporada.

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