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Jerónimo contra o PEC na Guarda

Segundo o dirigente comunista, os sacrifícios exigidos «só servem para acudir às vigarices que a banca andou a fazer e não resolvem os problemas do país»

Jerónimo de Sousa ficou «agradavelmente surpreendido», no sábado, pela reacção dos guardenses a mais uma das 500 jornadas de luta contra o Plano de Estabilidade e Crescimento (PEC) a realizar pelo país.

Após uma arruada pelo centro histórico, em que esteve acompanhado de mais de meia centena de apoiantes, o líder do PCP voltou a atacar o princípio da universalidade aplicado a quem paga a crise: «É injusto dizer que todos têm que fazer mais sacrifícios. Por que é que os pensionistas, os agricultores e os trabalhadores em geral, quem não teve a culpa da crise, tem que pagar tal como aqueles que andaram na jogatana e na especulação bolsista», acusou. Para Jerónimo de Sousa, os sacrifícios exigidos pelo PEC «não valem a pena», pois «só servem para acudir às vigarices que a banca andou a fazer e não resolvem os problemas do país». O dirigente comunista apelou aos portugueses para que manifestem a sua «indignação» pelas «dificuldades e problemas causados pelas políticas de direita» do PEC. As mesmas que estão a «liquidar» a agricultura, as PME, o comércio tradicional e os serviços públicos do distrito.

«No futuro, não havendo emprego, empresas e agricultores, virá o fecho de escolas, de serviços da administração pública, de postos de correio ou de serviços da EDP, cuja privatização está na calha», avisou, considerando que, na Guarda, «as pessoas são penalizadas não só pela sua origem social, como também pela sua origem geográfica». À margem desta acção de rua, Jerónimo de Sousa revelou aos jornalistas que o candidato do PCP às Presidenciais será «alguém da direcção do partido», mas não adiantou nomes. «Felizmente que existem muito boas alternativas [a si próprio]. Além do mais, é tempo de encontrar forças novas, candidatos novos capazes de corresponder àquilo que o partido pretende», acrescentou, lembrando ter já concorrido por duas vezes à Presidência da República. Segundo o dirigente, uma coisa é certa: será «uma candidatura de partido, que não é para fazer de conta». De resto, a escolha deverá ser divulgada «entre Agosto e Outubro, tal como tem sido feito noutras eleições».

Secretário-geral do PCP gostou da recepção nas ruas do centro histórico

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