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Jardins de infância e escolas da Covilhã com refeições a partir de hoje

Câmara já chegou a acordo com a Eurest para fornecer a alimentação aos estabelecimentos que não possuem cantina

Os Serviços Sociais do Pessoal da Câmara Municipal da Covilhã (SSPCMC) começam hoje a distribuir as refeições aos mais de 20 jardins de infância e escolas do primeiro ciclo de ensino básico que estão sem esse serviço desde que abriram as portas para o novo ano lectivo. A autarquia e os Serviços Sociais, que recorrem à empresa Eurest para fornecer esse serviço, chegaram esta semana a acordo, depois de um atraso de quase duas semanas.

A notícia foi adiantada a “O Interior” pelo director daquele serviço, Alfredo Marques, que garantiu ainda desconhecer o motivo do atraso na assinatura dos acordos. «É um problema que me ultrapassa», disse, para quem a «responsabilidade do fornecimento» é da Câmara da Covilhã. «Nós limitamo-nos a fornecer a comida, mas apenas o podemos fazer depois da autarquia der ordem e assinar o protocolo», referiu Alfredo Marques. É esta entidade, assegurada pela Eurest, que fornece as refeições à maioria das escolas e jardins de infância do concelho. Por mês, os SSPCMC fornecem aos estabelecimentos de ensino mais de 6.500 refeições para um universo de 300 ou 400 crianças. Contactada por “O Interior”, a vereadora da educação e acção social, Maria do Rosário Brito assegurou que o assunto já «está resolvido», uma vez que se chegou a acordo com as entidades responsáveis pelo serviço. Para além dos Serviços Sociais da Câmara, estão ainda envolvidas outras entidades como as Juntas de Freguesia e instituições de solidariedade. Segundo a responsável pelo pelouro, «algumas das entidades começaram a fornecer esse serviço já esta semana». Apenas a Eurest vai começar hoje a distribuir as refeições, pois só agora «adquiriu os contentores» para o transporte da comida. Até aqui, aquela empresa fornecia a alimentação em caixas individuais, tendo sido «recomendada» pela Inspecção-geral de Saúde e Higiene a fazê-lo em contentores inox, explicou Alfredo Marques, que desde Agosto aguardava uma resposta da autarquia para fornecer o respectivo serviço.

Para Maria do Rosário Brito o atraso «logístico» é uma situação «normal» em qualquer início do ano lectivo. «No ano passado, o serviço só começou a ser prestado em Outubro. Está tudo dentro do normal. Apenas foi dado mais realce este ano devido aos problemas de colocação de professores», justificou aquela responsável, sem adiantar mais pormenores. A notícia causou a consternação de vários covilhanenses, tendo em conta que nalguns estabelecimentos de ensino tinham que ser os «pais, vizinhos ou amigos» a fornecer a respectiva alimentação às crianças. A agravar a situação esteve a ausência de justificações da Câmara junto dos estabelecimentos de ensino, tal como aconteceu na Assembleia Municipal da semana passada. Ana Paula Pires, deputada eleita pela CDU, chegou a questionar o presidente da Câmara sobre o problema, mas nada foi dito a não ser que «a deputada [que é educadora de infância] traz para a Assembleia os problemas pessoais da sua profissão», respondeu Carlos Pinto. Mesmo assim, Ana Paula Pires responsabilizou a Câmara por não ter «salvaguardado» esses protocolos no final do último ano lectivo.

Liliana Correia

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