Centenas de pessoas responderam ao convite lançado por Carlos Pinto para assistirem na tarde do último domingo à inauguração do Jardim do Lago, o maior espaço verde da cidade da Covilhã, construído em cinco hectares de terreno entre a Central de Camionagem e a Estação dos Caminhos-de-Ferro no âmbito do programa Polis, com um custo total de três milhões de euros.
Mas a atracção de miúdos e graúdos foram as seis gaivotas para atravessar o lago de 5 mil metros quadrados de uma ponta à outra. Uma tentação a que nem Carlos Pinto e alguns vereadores resistiram, chegando mesmo a “dar uma volta” nos barcos de recreio com algumas das crianças presentes na cerimónia. O lago, atravessado por uma ponte pedonal em zinco e algumas pedras sobre a água, é ainda embelezado com plantas aquáticas e um espelho de água, proporcionando assim uma passagem por baixo duma cascata em lâmina de água. Já o jardim possui amplos relvados, uma zona infantil e de desportos radicais, zonas para o passeio pedonal e o convívio, para além de conter um pequeno anfiteatro para espectáculos ao ar livre, um restaurante e dois bares cujos concursos de exploração deverão ser lançados em breve. O autarca covilhanense irá colocar também mais bancos por todo o espaço e esculturas pela relva, revelando ter já contactado três escultores para tornar o espaço «mais apelativo».
«Este espaço poderia servir para muita coisa, até para valorização do património, mas esta Câmara tem a noção clara do que é preciso na cidade para patrocinar o bem-estar e a qualidade de vida», salientou Carlos Pinto. Por isso é que o jardim vai ser completado com uma “piscina-praia”, orçada em dois milhões de euros, e que deverá estar concluída no final deste ano, já que a autarquia deverá abrir o concurso público em Fevereiro. A piscina de lazer deverá ter ainda seis mil metros quadrados e um espelho de água com cerca de 1.500 metros quadrado. «Vai ser uma piscina excepcional com ondas artificiais num espaço adjacente a este jardim», antevê. Luís Cabral, arquitecto paisagista responsável pelo projecto do Jardim do Lago, marcou presença na inauguração do espaço e confidenciou estar «satisfeito com o resultado do jardim», para além de não ter dúvidas de que será uma zona para as gerações futuras. O coordenador nacional do programa Polis, João Teixeira, também não quis deixar de se associar à inauguração de uma obra que «corresponde, obviamente, aos anseios da população», aludindo às centenas de pessoas presentes na abertura do Jardim do Lago. No entanto, o responsável nacional pelo programa de requalificação urbana das cidades não quis adiantar nada sobre o financiamento das restantes obras.
Restantes obras Polis inauguradas este ano
Ainda durante este ano, a cidade assistirá à inauguração do jardim Mártir-in-Colo em Junho e do Parque da Goldra em Outubro. Orçada em quatro milhões de euros, a obra a desenvolver no Parque da Goldra, junto ao pólo central da Universidade da Beira Interior, compreende a requalificação de uma área de cinco hectares para acolher um jardim para o recreio e lazer com bares, restaurantes e espaços propícios para a prática de desportos radicais. A construção desta obra prevê ainda a demolição do edifício em ruínas que se encontra naquela zona e a construção de uma nova via de ligação, que deverá nascer no enfiamento da Rua Conde da Ericeira, possibilitando ainda o estacionamento lateral. Já o Jardim Mártir-in-Colo, junto aos Serviços Municipalizados de Águas e Saneamento (SMAS), contempla um projecto de um milhão de euros para uma área de intervenção de 3230 metros quadrados onde se inclui a limpeza e tratamento da zona do vale a jusante da ponte secular que lhe dá o nome e a criação de um anfiteatro ajardinado com grandes degraus e um palco transparente para se visualizar a ribeira. O espaço verde será ainda completado ainda com esplanadas, bares e vegetação diversificada. A Ponte do Rato deverá estar concluída em Setembro, estando já na segunda fase da intervenção. A única dúvida das obras referência para o Programa Polis de seja «construída este ano» continua a ser a ponte pedonal que liga os Penedos Altos à Rua Marquês d’Ávila e Bolama. «Falta financiamento Polis, mas ainda estou convencido que a poderemos fazer», assevera o autarca, que considera estas obras como «uma parte daquilo que é necessário fazer para qualificar a cidade», aponta.
Liliana Correia