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IPG pode integrar consórcio de Politécnicos

Os Institutos da Guarda, Leiria, Coimbra, Viseu, Castelo Branco, mais Santarém, Tomar e Portalegre, deverão unir-se para formar o consórcio do Centro

Os Politécnicos vão agrupar-se em três grandes consórcios regionais, situados no Norte, Centro e Sul do país, segundo avançou o “Jornal de Negócios” na passada terça-feira. Numa altura em que se está a discutir a reorganização da rede, os actuais 15 Institutos portugueses podem vir a ser divididos em “superestruturas” regionais.

Na região Centro, tudo aponta para o estabelecimento de um consórcio entre os Politécnicos de acordo com o mapa NUT II. Na prática, serão agrupadas as instituições de Leiria, Coimbra, Guarda, Viseu e Castelo Branco, às quais se poderão vir a juntar Santarém, Tomar e Portalegre. «Agora é preciso que o ministério decida de uma forma clara o que pretende fazer», refere Jorge Mendes, presidente do IPG, acrescentando que «a posição assumida pelo Politécnico da Guarda sempre foi de encontro à reorganização por NUT II». Na sua opinião, os consórcios vão permitir «rentabilizar as instituições em termos financeiros e de recursos humanos», além de que se poderá partir «para um esquema de cooperação em matéria de oferta formativa». Na prática, certos cursos poderão passar a ser leccionados «apenas numa ou duas instituições, será como que uma especialização das escolas», adianta. Admitindo que congregar as “vontades” de todos os Politécnicos poderá ser um processo «difícil, ainda que necessário e urgente», Jorge Mendes acredita que «os consórcios serão aquilo que as diferentes instituições de ensino quiserem que eles sejam».

E acrescenta: «O futuro depende do tipo de consórcio que irá ser criado», porque poderão surgir «consórcios fortes ou fracos, dependendo do alcance das competências que lhes forem atribuídos». Tudo dependerá «para onde se quer ir e da forma jurídica que os próprios consórcios venham a assumir», conclui.

«Ajustes» no corpo docente do IPG vão afectar «menos de 10 docentes»

Entretanto, o IPG vai fazer «ajustes» no corpo docente, em áreas que sejam transversais às várias escolas. Para além disso, os contratos de professores que terminarem no final deste ano lectivo não vão ser renovados. «É provável que haja alguma racionalização de contratos no mês de Agosto», admite Jorge Mendes. Contudo, «e contrariamente ao que já foi veiculado na imprensa local, trata-se de um processo normal, uma vez que se trata de professores que estão a leccionar algumas disciplinas específicas», explica. No entanto, «tal não implica que esses professores não possam vir a ser novamente contratados no segundo semestre do próximo ano», adianta. No que diz respeito às áreas que são transversais às três escolas do IPG, como é o caso da Sociologia, Psicologia, Matemática ou Línguas, partir-se-á «para um processo em que serão analisadas quantas horas existem e quantos docentes são necessários para esses horários». Nesse sentido, o presidente do Politécnico admite que haverá «ajustes no corpo docente», mas que só afectarão «no máximo 10 professores», garante. «Se o orçamento permitisse, poderíamos ter mais docentes e horários mais curtos», acrescenta, sublinhando que no IPG «não há professores a mais, há é financiamento a menos».

Rosa Ramos

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