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IPG consegue ocupar 331 vagas

Os cursos de Educação Básica, Engenharia Civil e Engenharia Topográfica voltaram a ficar desertos

«Já tivemos anos mais complicados», afirma Constantino Rei, a propósito dos resultados do Instituto Politécnico da Guarda (IPG) na primeira fase de acesso ao ensino superior.

Este ano, a instituição preencheu pouco menos de metade das 699 vagas disponibilizadas – ou seja, uma taxa de ocupação da ordem dos 47,3 por cento – e registou 331 novos alunos, menos 53 no ano passado. «Isso é consequência imediata da redução significativa de candidatos relativamente a 2017, foram menos 3.000. E essa diminuição faz-se sentir mais no ensino politécnico e sobretudo nas instituições do interior», constata o presidente do Instituto guardense, que está otimista relativamente aos resultados da segunda fase. «A redução dos candidatos terá a ver com a dificuldade do exame de Matemática. Pelo que sei, a segunda fase desse exame terá corrido melhor e teremos agora mais possibilidades de ocupar mais vagas», considera Constantino Rei. «A minha expetativa é que as próximas fases de acesso sejam bastante positivas para o IPG», sublinha o professor.

Os cursos de Educação Básica, Engenharia Civil e Engenharia Topográfica voltaram a ficar desertos, não tendo registado qualquer candidato para as 23, 24 e 20 vagas disponibilizadas, respetivamente. Já os 74 lugares abertos em Enfermagem, na Escola Superior de Saúde, foram totalmente ocupados. Os outros cursos com maior procura pertencem todos à Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG): são eles Gestão de Recursos Humanos, que garantiu 32 novos alunos nas 37 vagas atribuídas; Marketing (22 em 28) e Gestão (38 em 45). Na Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto (ESECD) o melhor resultado foi conseguido por Comunicação e Relações Públicas, que ocupou 35 das 50 vagas disponibilizadas. Os cursos do IPG com as médias de acesso mais baixas foram Desporto (ESECD) e Gestão, todas com 9,5 valores. A média mais alta, de 12,9 valores, está na licenciatura de Design de Equipamento, da ESTG.

Além do concurso normal de acesso, Constantino Rei aposta também no ingresso de alunos estrangeiros, uma vertente que está a ser bem sucedida. «Esta ano vamos ocupar novamente a totalidade das 130 vagas abertas para estes estudantes, uma vez que as candidaturas ultrapassaram os 400 alunos», declara o presidente do IPG. Na sua opinião, a instituição ainda pode crescer mais nesta área: «Se continuarmos a ter a procura que temos registado e houver lista de espera poderemos solicitar mais vagas à Direção-Geral do Ensino Superior após a conclusão do concurso», adianta o responsável, que está em final de mandato e não se recandidata.

Procura excede a oferta do Curso de Indústria Automóvel

Sucesso está a ter também o Curso Técnico Superior Profissional (CTeSP) de Indústria Automóvel, que arranca este ano na ESTG.

A nova formação terá 22 alunos, havendo neste momento 26 candidatos, e foi criada em parceria com as empresas de componentes automóveis da Guarda (ACI, Coficab, Dura e Sodecia) para suprir a carência de técnicos com formação especializada nestas unidades fabris. «É bom sinal e positivo haver mais candidatos do que vagas. Mas o mais importante é que o curso arranque bem e que corresponda às expetativas das empresas, caso contrário de pouco adiantará», admite Constantino Rei. O presidente do IPG admite a eventualidade de integrar outras empresas da região no futuro e de aumentar o número de vagas, mas essa possibilidade só acontecerá se «as empresas parceiras estiverem disponíveis para receber estes formandos».

Presidente do Politécnico acredita que as próximas fases de acesso serão «bastante positivas»

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