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IPG com mais 78 caloiros que em 2005

Cursos das Escolas de Educação e de Saúde foram os mais procurados

Enfermagem, Farmácia, Educação de Infância e Desporto foram os únicos cursos do Instituto Politécnico da Guarda (IPG) que preencheram a totalidade das vagas na primeira fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior, cujos resultados foram conhecidos no último fim-de-semana. Ainda assim, a instituição, com os mesmos cursos e as mesma vagas de 2005, conseguiu passar de 414 para 492 novos alunos, entre 799 vagas disponíveis, o que representa uma taxa de colocação de 61,6 por cento.

Os cursos que tiveram maior procura foram os da Escola Superior de Saúde, que preencheu na totalidade as vagas disponibilizadas. Enfermagem, com 40 alunos para entrarem já agora e mais 45 com entrada só no segundo semestre, continua a ser um êxito, sendo que também Farmácia preencheu todas as 25 vagas disponíveis. Estes foram também os cursos que tiveram a média mais alta de entrada no IPG: 15,20 valores em Farmácia e 15, 08 e 14,02 (segundo semestre) em Enfermagem. A segunda escola mais procurada foi a Superior de Educação (ESE), com uma taxa de ocupação de 77,5 por cento, com destaque para Educação de Infância e Desporto, onde não sobraram vagas, e para Comunicação e Relações Públicas, que quase conseguiu o mesmo com 57 colocados em 60 vagas. O curso com menos alunos colocados foi Comunicação e Relações Económicas, já que ficaram 19 vagas por preencher num total de 30 disponíveis. Com estes resultados, a ESE voltou a ficar à frente das suas congéneres de Castelo Branco (66 por cento) e Viseu (71), um feito que deixa o seu director, Joaquim Brigas, «bastante satisfeito», sublinhando que a escola tem mais 31 alunos em relação à primeira fase de 2005. Por outro lado, «não há nenhum curso em que o número de alunos tenha diminuído», destaca.

Quanto às Escolas de Tecnologia e Gestão (ESTG) e de Turismo e Telecomunicações (ESTT), em Seia, o panorama está longe de ser o ideal. Assim, nesta última, que teve uma taxa de ocupação de 43 por cento, Gestão Hoteleira foi o curso mais procurado com 23 colocados para 30 vagas, seguindo-se Turismo e Lazer com 19 em 54. No outro curso da escola, Informática para o Turismo, preencheu apenas 3 das 20 vagas disponibilizadas, entrando o último aluno com a média de 11,45 valores. O caso mais problemático continua a ser o da ESTG, também com 43 por cento de taxa de ocupação, apesar de ter logrado aumentar o número de novos alunos. Gestão de Recursos Humanos, com 44 alunos para 50 vagas, e Design de Equipamento, com 19 para 25, foram os que tiveram mais procura. No sentido inverso, encontram-se Engenharia Topográfica com 3 alunos para 20 vagas, Engenharia Informática com 4 para 35 e, surpreendentemente, Marketing, com 5 para 40. O curso do IPG que registou a média de entrada mais baixa foi Comunicação e Relações Públicas, pois o último colocado entrou com 10,35 valores. Este conjunto de resultados deixou satisfeito, «do ponto de vista global», o presidente do IPG, para quem «no contexto actual, a primeira fase correu bastante bem».

Jorge Mendes sublinha que, com os mesmos cursos e as mesmas vagas que no ano passado, o Politécnico conseguiu passar de 414 para 492 novos alunos, entre 799 vagas disponíveis, o que significa um acréscimo de 78 estudantes em relação a 2005. Em termos percentuais, a taxa de colocação subiu quase 10 pontos, de 51,8 para 61,6 por cento. De resto, como «tradicionalmente a segunda fase traz sempre mais alunos e estudantes com mais de 23 anos», o presidente acredita que o IPG possa ter uma taxa de colocação de 70 por cento: «Algo que no contexto actual não é óptimo, porque gostaríamos de ter 100 por cento, mas já é bastante bom», considera. Já o presidente da Associação Académica da Guarda congratula-se com o facto da ESTG ter conseguido subir em termos de ingressos, advertindo que a «questão de Seia tem que ser revista». Sérgio Pinto considerou ainda que «é imperativo» que sejam aprovados novos cursos para o IPG no próximo ano.

Ricardo Cordeiro

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