Com a Guarda como anfitriã, as Jornadas Luso Espanholas de Gestão Científica, que decorreram na semana passada no IPG, bateram todos os recordes. O encontro soma já 28 edições e realiza-se todos os anos numa instituição de ensino superior diferente, este ano coube ao Politécnico guardense a sua organização.
No total, estiveram presentes cerca de 350 participantes, oriundos de vários países. Um número que já enche a vista, mas que deverá ter sido ultrapassado com aqueles que assistiram às conferências via Skype, pois, segundo Helena Saraiva, a docente responsável pela organização, houve cerca de 470 inscrições. Com o tema “Interioridade e Competitividade: Desafios Globais da Gestão”, as Jornadas organizadas pela Unidade Técnico Científica de Gestão e Economia da Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG) tinham como objetivo dar «continuidade aos laços de intercâmbio académico e científico entre as instituições de ensino superior portuguesas e espanholas». Mas a iniciativa extravasou o limite ibérico e «tivemos congressistas da China, países de Leste, Colômbia, Peru e um grupo do Brasil».
No final, depois do recorde de participantes e de comunicações – «foram 290, entre 327 propostas» –, Helena Saraiva só podia fazer um «balanço positivo» destas Jornadas. A professora acredita que tiveram «um impacto positivo na cidade», mas, contudo, «vamos fazer um estudo para aprofundar o impacto que teve na sociedade guardense em termos económicos». Contudo, um deles já é conhecido, pois «todos os hotéis com quem estabelecemos parcerias esgotaram ao longo destes dias». As jornadas não se limitaram apenas ao espaço do IPG e os participantes tiveram também a oportunidade de «usufruir de alguns espaços da cidade através de atividades que desenvolvemos». Também o Politécnico deverá sair beneficiado deste evento, pois, segundo a professora de Gestão, «ao longo de quatro dias recebemos um “feedback” muito positivo» e abriram-se portas para parcerias com instituições internacionais.
Como tem sido habitual, as Jornadas abrangeram várias áreas da Gestão, mas este ano falou-se também de «fiscalidade, desenvolvimento regional e, pela primeira vez, jovens investigadores tiveram a possibilidade de apresentar as suas teses de mestrado, ou doutoramento, em forma de artigo», adiantou Helena Saraiva.
Ana Eugénia Inácio