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IP2 vai avançar até Trancoso

Projecto vai ser sujeito a novo estudo de impacte ambiental

O traçado do Itinerário Principal (IP) n.º 2 até Trancoso já está pronto para entrar na fase de avaliação do impacte ambiental. O município ficou a conhecer na semana passada a versão final do projecto que contempla um troço em perfil de auto-estrada entre a A25 e a vila de Bandarra, bem como uma variante com quatro faixas à Aldeia Histórica.

A via, que poderá custar entre 7 a 10 milhões de contos, vai passar próximo da estação de Celorico da Beira, seguindo na vizinhança de Maçal do Chão, Maçal da Ribeira e Vilares, já no concelho de Trancoso, onde ficará um nó de acesso à estação de caminhos de ferro de Vila Franca das Naves, rumará depois pela encosta nascente de Carnicães até ao Chafariz do Vento. Aí será construído outro nó que vai ligar a Trancoso através da variante à vila, que também terá perfil de auto-estrada, e à qual está prevista uma conexão com o futuro IC26 (Lamego-Trancoso). «O primeiro traçado tinha tido uma avaliação de impacte ambiental positiva, mas como foi duplicado no corredor inicialmente previsto, o Ministério do Ambiente não prescindiu de novo estudo. É uma decisão que vai implicar mais seis meses de espera, o tempo previsível para o estudo», refere o autarca, que espera, contudo, que a obra possa arrancar com Fundos de Coesão até ao final do primeiro semestre de 2005. «A concretizar-se, este empreendimento permitirá que dentro de três anos, se tudo correr bem, Trancoso esteja ligado por auto-estrada a Lisboa, Coimbra e Madrid. Isto diz bem do impacto positivo que isso terá no desenvolvimento do concelho», acrescenta Sarmento.

Para já, o único inconveniente ao traçado proposto diz respeito ao percurso da variante a Trancoso. É que a via conflitua com os limites da área a classificar como Monumento Nacional no Planalto de São Marcos, actualmente em análise por parte do IPPAR. «A Câmara de Trancoso ainda não foi ouvida sobre isso, mas a nossa posição, apesar de sermos favoráveis a essa salvaguarda patrimonial, é pela diminuição da zona a classificar porque há que garantir o corredor da variante a Trancoso», considera o autarca, que deverá encontrar-se com o presidente do IPPAR em Junho para discutir este assunto. Até lá, Júlio Sarmento garante que o município vai «lutar para que o corredor da variante seja preservado e compatibilizado».

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